So i Promise You - Seddie

Part. 21 🌸.

SAMANTHA PUCKETT.

Não conversamos, a viagem até em casa foi um total silêncio.

Eu estou tão irritada mas o senhor Benson parece estar tranquilo, o que me deixa mais irritada.

Uma pessoa normal estaria furiosa depois de ser acusada de sequestro ainda ser preso por isso.  Talvez ele não seja normal.

Levei Jake para o quarto e fui tomar um banho, fiquei pensando se esse casamento foi realmente uma boa ideia, somos pessoas totalmente diferentes e existem tantas pessoas que são contra.

Eu não sabia que isso chegaria a tanto.

Ainda tem o meu filho, mesmo conversando com ele isso ainda aconteceu, por isso eu tenho que pôr ele de castigo. Ele não pode fazer essas coisas e achar que não vai haver consequências.

Depois do banho resolvi comer alguma coisa antes de dormir.

A luz da cozinha está acesa.

Me aproximei devagar e vi o senhor Benson sentado de costas, ele parece pensativo.

Fiquei parada na entrada indecisa se entro ou não, eu estou com vergonha de encara-lo.

Mas precisamos conversar.

Será que ele está arrependido de ter se casado comigo?

- Não se preocupe, eu já vou subir. - A voz rouca dele me fez despertar dos pensamentos.

- Eu não estava... - Tento falar mas é melhor não tentar justificar, encarar os fatos sempre foi uma das minhas qualidades. - Quer conversar sobre o que aconteceu?

Dei longos passos até ele e vi que ele estava com um copo de whisky nas mãos.

- Não acho que tenha que fazer uma tempestade por isso, foi só uma Brincadeira de criança. - Ele diz.

- Não é uma brincadeira, você foi preso, isso não te preocupa?

- Foi um mal entendido. - A calmaria dele as vezes me irrita. - E ele é só uma criança, tenho certeza que ele não queria que chegasse a esse ponto.

- Pode até ser mas isso não te incomoda nem um pouco? - Peguei uma fruta e senti em sua frente.

- É claro que me irrita, mas o que você quer que eu faça? Grite com ele? Bata nele? - Ele me olha. - Minha mãe pode ser louca mas ela nunca me bateu.

É claro que eu não quero que ele bata do Jake, eu não permitiria isso, mas ignorar não resolve o problema e não fazer nada pode até piorar.

- Não estou dizendo isso. - Falei rápido. - Só acho que ele nunca vai te respeitar como pai se você continuar agindo assim.

- Engraçado, eu acho que ele não está disposto a ter relação comigo, ele me odeia. - Ele suspira.

Fiquei calada. Não é mentira mas eu acho que ele me odeia também.

- Eu sinto muito por te arrastar para essa bola de neve. - Quebrei o silêncio. 

- Não fale isso, entramos nessa juntos. - Ele me olhou. - Mesmo que não seja um mar de rosas, eu acho que a minha vida está melhor agora.

Fiquei confusa, eu não imagino um momento pior do que agora.

- Do que está falando? Você tem brigado com sua mãe por causa desse casamento, tem estado estressado por causa do Jake e...

- Eu sempre briguei com a minha mãe. - Ele me interrompi. - Por que você acha que eu saí de casa, minha mãe sempre quis me controlar em tudo e com isso brigávamos muito, sai de casa quando fiz dezoito anos e eu tenho vivido aqui sozinho desde então. - Vi ele brincar com seu copo. - Agora quando eu chego em casa, tem brinquedos espalhados no chão e eu escuto a risada do Jake do escritório, pra uma vida solitária que eu tinha, essa é melhor.