Part. 29.🌸

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O piquenique passou como o planejado, senhora Benson estava menos insuportável do que ela normalmente é.

Me ofereci para guardar as coisas e ela levou o filho pra dentro de casa. Eu não queria participar da conversa, eu sei que será um choque pro meu chefe e sinceramente eu não sei como reagir em situações de desespero.

Jake me ajudou a pôr tudo na sesta de piquenique e entramos em casa meia hora depois.

- Onde está a vovó e o papai? - Jake me perguntou já que a casa está em um absoluto silêncio.

- Estão conversando. - Respondo. - Daqui a pouco a vovó vem, você tem que ser bonzinho com ela.

- Mas eu já sou bonzinho. - Ele faz uma carinha de anjo e eu dou risada. - Vamos pra casa hoje?

- Eu acho que sim, amanhã você tem aula e eu tenho que trabalhar.

Me virei tirando os pratos e talheres que sujamos no piquenique.

- A vovó vai ficar sozinha de novo? Por que não moramos aqui?

Refleti na sua pergunta, seria bom se o Freddie morasse com a mãe nessa fase final da vida dela, mas eu não acho que suportaria viver com a senhora Benson, ela pode está doente só que ainda é ela.

- A gente não pode se convidar para morar na casa dos outros, é falta de educação filho. - Respondo.

- Mas mamãe a gente não é a família da vovó?

Tecnicamente sim.

- Sim, mas é complicado.

- Hum. - Ele não insistiu. - Vou brincar no balanço.

Concordei. Coloquei toda a louça na máquina e subi, ele estavam quietos demais.

O escritório estava aberto, mas não tinha ninguém.

Estranhei. Fui em direção ao quarto que estamos dormindo mas a porta está fechada.

- Freddie? - Bati três vezes na porta. - Freddie!

Esperei alguns segundos e nada.
Ele deve estar querendo ficar sozinho.

Me virei para sair mas a porta é destrancada.
Ele não abre, então eu decido entrar.

- Freddie.
O avistei sentado na cama encolhido no canto.

Meu coração se partiu, quando encarei seus olhos vermelhos e rosto inchados de choro.

Não falei nada só me aproximei e sentei na cama o envolvimento em um abraço apertado.

Eu não sou boas com palavras de conforto mas eu queria mostrar que eu estou aqui por ele.

Freddie chorou mais, chorou de soluçar.
Um choro agonizante e torturante.
Logo minha camisa já estava molhada de lágrimas mas não me importei, continuei acariciando seus cabelos chocolates.

Depois de quase uma hora Freddie adormeceu.

Desci para fazer alguma coisa para ele comer. Mas a senhora Benson já estava na cozinha.

- Como ele está?

- Mal. - Respondi. - Eu já esperava uma reação dessa.

- Então agora está feliz não é? Está feliz em ver o meu Freddie sofrer!

Não acredito que ela está falando isso.
Como eu posso está feliz em ver ele sofrendo?

- A senhora é egoísta. - Afirmei. - Sempre coloca os seus sentimentos na frente dos dele. Eu não estou feliz, mas eu entendo que seria ainda mais doloroso se ele não tivesse nem a chance de passar um tempo com a mãe.

 So i Promise You - Seddie Onde histórias criam vida. Descubra agora