⠀⠀𝘁𝗿𝗶𝗴𝗲́𝘀𝗶𝗺𝗼 𝗾𝘂𝗮𝗿𝘁𝗼

30 5 10
                                    

Três dias. Foram os dias sem receber uma mensagem por parte de Constança. André, por mais que tentasse, não conseguia entender a mudança repentina da estudante. Será que fez algo que ela não gostou? Será que ela está magoada consigo? As perguntas eram muitas e as respostas eram nenhumas.

'Devias saber o que se passa com ela. São 72 horas sem nenhum sinal dela. Vai na volta e acabou por encontrar alguém melhor que tu.', deita o subconsciente do atleta português, fazendo com que deixasse escapar um resmungar por entre os lábios. Levanta-se do sofá, pegou na chave de casa e encaminha-se para a saída.

— Onde vais? — António questiona.

— A casa da Constança. Preciso de saber se ela está bem. Pode nem ser nada, mas ela não me diz nada há três dias e eu necessito saber se fiz alguma coisa. — O guarda redes esclarece antes de sair, por completo, da sala e, consequentemente, do apartamento.

Os quatro jogadores presentes na sala ficaram confusos com as palavras do jogador da equipa B do Benfica, mas nada fizeram por saberem que não iria valer a pena já que André era pessoa de ideias fixas e raramente desistia delas.

André sentia-se nervoso. Para além daquele momento, a única vez que se sentia nervoso era antes das partidas pela equipa B do clube. As mãos começavam a suar, o batimento cardíaco, aos poucos, parecia aumentar e o medo da rejeição parecia cada vez mais próximo. O seu olhar estava preso na tela do telemóvel, ele ia acenando com a cabeça a cada pergunta do motorista da Uber e, por vezes, soltava respostas curtas, mas de maneira suava para não aparentar ser rude.
No fim da viagem, agradece amavelmente ao senhor e retirou-se do veiculo. Após fechar a porta, respirou pelos pulmões e encaminhou-se para a casa da família Vieira. Podiam acontecer imensas coisas, mas desistir não seria algo que ia acontecer.

— André? — Foi a primeira coisa que foi ouvida assim que a porta foi aberta. — Que fazes por aqui? 

— Olá Eva, como estás? A Constança está? — O atleta questiona a namorada de António. — Preciso de falar com ela.

— Estou bem. Sim, está, entra. — Eva dá espaço para o atleta entrar e os dois caminham para a sala onde estavam Matilde e Concha. — Mas que raio? Onde foi a Concha?

— Ela disse que ia ao quarto buscar uma coisa. — Matti responde. — OLÁ ANDRÉ! — grita ao guarda redes assim que ele foi em direção à zona do quarto da estudante de Psicologia.

— Que deu naqueles dois? Será que aconteceu algo? — Eva pergunta à amiga depois de se sentar ao seu lado novamente.

— Nem desconfio, mas que a Constança ficou estranha assim que ouviu o nome do André ficou. Será que eles discutiram e estão a tentar resolver tudo pela calada? 

— Vindo deles nunca se sabe, mas esperemos que seja algo curto. 

Matti assente com as palavras de Eva e continuam a conversa. Já à porta do quarto de Concha, André bateu, uma vez mais, na porta da estudante.

— Constança abre a porta, por favor. — André suplica. — Eu preciso de saber se está tudo bem contigo e se nós estamos bem. 

— André, por favor, deixa-me em paz. E está tudo bem comigo, apenas preciso de ficar sozinha, está bem? Volta para casa. Não deves deixar as pessoas à tua espera. — Concha diz do outro lado da porta. 

— Não quero saber dos outros. Eu só quero saber de ti, por isso abre a porta e vamos conversar. 

— André, vai embora.

O antigo jogador do Limianos respirou fundo com as palavras da sua amada. Amada, era algo que André nunca pensou vir a sentir algo intenso como aquilo que está a começar a sentir por Constança. Talvez fosse repentino e não durasse nada, mas ele começava a entender, aos poucos, os seus sentimentos por ela.
Derrotado, Gomes afastou-se da porta e cabisbaixo refez o caminho até à saída da casa de Concha. Ele sentia-se magoado pela maneira como fora tratado. Talvez fosse um sinal de que eles não foram feitos um para o outro; talvez fosse o melhor desistir dela e fingir que nada aconteceu e focar-se apenas na sua carreira.

Por outro lado, Constança mantinha-se sentada na cama. O seu olhar estava sobre as suas mãos, ela sabia que estava errada. Ela sabia que tinha sido parva ao ponto de responder daquela maneira ao atleta; no entanto, era o acertado. E porquê? Porque ela não queria sentir o que estava a sentir. Amar alguém como o André era um enorme risco.

 Amar alguém como o André era um enorme risco

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.



olá!! como estão?

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

olá!! como estão?

finalmente, voltei com um novo capítulo e quero desculpar-me pela demora, mas digamos que estava complicado porque não sabia como escrever este capítulo, mas mesmo assim acho que não ficou como eu queria.

estamos a chegar mesmo ao final da história!
espero que estejam a gostar, tal como eu estou a gostar de escrever.

em breve, irei publicar novas obras e das quais estou ansiosa para vos apresentar.

espero que gostem!

até à próxima,
patri

𝗰𝗮𝗻𝘁𝗮𝗱𝗮𝘀, a. gomesWhere stories live. Discover now