⠀⠀𝘁𝗿𝗶𝗴𝗲́𝘀𝗶𝗺𝗼 𝘀𝗲́𝘁𝗶𝗺𝗼

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Assim que Constança obteve uma resposta do guarda redes em relação à sua mensagem, respirou fundo. Ela começava a sentir-se nervosa. Será que ela está pronta para lhe contar? Será que André vai corresponder aos seus sentimentos, ou será que a vai rejeitar como ela lhe fez? Perguntas e mais perguntas, era assim que a sua mente estava.

A caminhar de um lado para o outro sobre o olhar atento das duas amigas, Concha ensaiava um discurso mental para quando chegasse o momento, saber o que lhe dizer sem rodeios alguns, mas isso parecia ser algo complicado, visto que as palavras certas não apareciam.

— Daqui a nada fazes um buraco de tanto andares para lá e para cá. Tem calma, vai correr tudo bem. — Matti diz à melhor amiga. — O mais que pode acontecer é voltarem a discutir e perceberem que não servem um para o outro.

— Olha que não estás a ajudar, Matilde. — Eva olhou a futura designer e levantou-se da cama, avançando até Concha e agarrou nas suas mãos. — Respira fundo e sê sincera. Sê sincera contigo, com ele e com ambos. Aconteça o que acontecer nós estaremos aqui e acredito que os rapazes também lhe diram algo parecido. Nós só queremos ver-vos bem, quer sejam amigos ou namorados.

— Exatamente! Por isso, vai ter com o teu homem e declara-te. — Matti incentiva Concha e levanta-se para se juntar às duas amigas. — Nós estamos orgulhosas de ti. Tu mereces ser feliz e quer seja com ou sem André, tu vais sê-lo.

— Obrigada meninas. — A prima de Fábio Vieira agradece às duas amigas. 

O trio abraça-se. Aquele abraço foi suficiente para Constança ganhar coragem. Pegou na sua bolsa e saiu de casa, indo, por fim, ao encontro do jogador português. Era agora que as coisas iam ser resolvidas. Vinte minutos depois, a jovem chega ao ponto de encontro; a passos calmos, a estudante universitária caminhou na direção do rapaz.

— Desculpa a demora. — Concha diz assim que se aproxima dele. — Espero não ter chegado atrasada.

— Não tem mal. Eu acabei de chegar também. — André olhou a jovem e não evitou sorrir. — Estás linda.

Um sorriso envergonhado cresceu no rosto da herdeira dos Vieira. As borboletas, uma vez mais, decidiram aparecer. Ao fim de tanto tempo, conseguiu entender aquela sensação que todos falavam e ela não queria, de todo, perder essa sensação deliciosa.

— Como está o ombro? 

— Vai aos poucos. Já tenho data para a operação se queres que te seja sincero, sinto-me nervoso.

— Vai corre tudo bem. Além disso não estarás sozinho, acredito que os rapazes e a tua família vão estar lá para ti.

— E tu? Também estarás lá?

Constança engoliu a seco com a questão do rapaz à sua frente. Ela estava capaz de beijá-lo naquele momento, mas queria esperar pela altura certa. Limpou o suor, das mãos, à blusa e voltou a respirar baixo, mostrando outro sorriso envergonhado. Era visível que estava corada, o quente das suas bochechas declaravam isso mesmo.

— Bem, acho que o vermelho das tuas bochechas responderam por ti. — Com um risada agradável, André diz.

— Não gozes comigo, André. — Resmunga Concha. — Vamos dar um passeio? Acho que vai ajudar-nos a conversar melhor, não?

— Sim, concordo. Vamos? — André estica a sua mão livre para Constança que agarrou na mesma.

O não-casal começou o pequeno passeio. O fim do dia estava próximo, as pessoas estavam a aproveitar o bom tempo e o facto de não estar frio para estarem fora de casa. O ambiente entre os dois jovens estava agradável; no entanto, nenhum sabia como dar o primeiro passado. Nenhum queria errar nas palavras, a verdade é que um passo em falso e tudo poderia cair pelo ralo e gerar, com isso, uma grande confusão e eles não queriam isso.

𝗰𝗮𝗻𝘁𝗮𝗱𝗮𝘀, a. gomesWhere stories live. Discover now