FRONTEIRA II - Gerson Santos

G 🎠 8

GIOVANNA SANTOS ؄
━━━━━━━━━━━━━━━━

- Tem certeza que essa roupa está boa, Papai? - Questionei analisando o meu vestido laranja com branco floral e soltinho

- Giovanna, eu já te falei que sim umas dez vezes - ele resmungou

- Eu to bonita? - me encaro pelo retrovisor analisando a make básica do dia a dia que havia feito

- Você tá maravilhosa, princesa.

- Não tá mentindo né?

- Não, não precisa ficar tão nervosa só porque vai se encontrar com um garoto

- Não é um garoto, é o garoto - mordo a unha nervosa

- Pra mim ele é um meliante, roubando minha princesinha de mim.

- Ninguém tá me roubando de você, Papai.

- Quero nem pensar que um dia você vai casar - ele disse com os olhos lacrimejados

- Tá querendo chorar? - dou risada - Sempre vou ser sua princesa, Papai.

- Me promete que nunca vai me deixar de lado?

- Jamais, eu te amo muito. - beijo sua bochecha

- Eu te amo muito, princesa - ele disse parando carro - Olha ele ali

- Vou lá

- tudo bem, vou ficar aqui observando e qualquer coisa me chama.

- Obrigada Papai - digo saindo do carro

- Gigi - ele me chamou e o olho curiosa - toma - me entregou uma cartela de trident

- tô com bafo?

- Não - ele riu - Mas é porque o beijo fica melhor - ele fez careta - Não acredito que eu tô te contando isso.

- Obrigada - dou risada e me afasto indo em direção a Gustavo que tava sentado me olhando - Oi Gusta - dou um selinho rápido

- Oi - me abraçou - Oi Sograo - ele acenou pro meu pai que trancou o maxilar

- Cala a boca seu moleque! - ele disse alto de dentro do carro me fazendo gargalhar

- Ele vai ficar nos olhando de lá do carro? - cruzou o cenho

- Ele tá me esperando na verdade, podemos andar por aí, para tirar ele de vista.

- Ótima ideia - ele disse entrelaçando nossos dedos

Caminhamos em direção a roda gigante e sinto um frio na barriga só de olhar

- Eu tenho vontade de andar nisso mas tenho medo

- Bora?

- Vão pra onde? - ouço a voz do meu pai atrás de nós e acabo dando um pulinho de susto - Tá devendo, Giovanna?

- Não - nego rapidamente - O senhor não ia ficar no carro?

- Vou ficar, vim só comprar uma água.

- A gente vai na roda gigante, né Gigi?

- Sim - concordo com Gusta

- Hum - Papai murmurou - E eu vou voltar pro carro que fica logo ali, não façam nada que eu não faria - deu um tapinha de leve nas costas de Gustavo

Solto um suspiro envergonhada assim que ele saiu e Gustavo me olhou divertido

- Ele com certeza não vai voltar pro carro, vai se esconder para ficar nos espionando. - ele disse me fazendo rir

- Com toda a certeza do mundo - toco na sua correntinha ajeitando - Tava torta

- Obrigada. Vamos? - disse olhando pro brinquedo e concordei

Compramos o ingresso e assim que me sento no banco e o brinquedo começou a girar me arrependo imediatamente.

- Tô com medo - aperto sua mão com força

- Gigi, você nunca precisa ter medo porque eu sempre estarei do seu lado, sempre. - me deu um selinho demorado.

Peço passagem com a língua e ele concede, coloco minhas mãos ao redor do seu pescoço o puxando mais para mim e ele coloca uma na cintura e a outra na minha coxa apertando firme me fazendo arfar.

Colo nossas testas parando o beijo com o peito ofegante e só então me dou conta que o brinquedo havia parado, descemos me sentindo um pouco tonta, fomos comprar sorvete e em seguida nos sentamos em um banquinho.

- Esse tá uma delícia - digo colocando um pouco na boca

- deixa eu vê. - ele disse pegando do meu e levou até a boa fechando os olhos me fazendo morder o lábio. - Uma delícia.

- Melou aqui - limpo o canto da sua boca com a minha língua e ele me puxou pra outro beijo.

Intensifico puxando seus fios de cabelo e Gustavo aperta mais uma vez a minha coxa.

- Vocês tão com fome? - Ouço uma voz na nossa frente coçando a garganta e solto um suspiro parando o beijo e encarando o meu pai - Eu tô morrendo de fome - ele disse se sentando no meio de nós dois.

- É...tô - Gustavo disse gaguejando

- Que ótimo, porque ali tem uma barraquinha de cachorro quente e eu quero comer - Papai disse divertido

- Vai lá comprar - o incentivo

- Eu ir sozinho? - ele negou rindo - Jamais, vamos nós três - ele disse pegando na minha mão e nos levantamentos.

Olha pra Gustavo com o olhar de pedido de desculpas. Impossível aproveitar o encontro com o Papai aqui.