Capítulo extra | Becker

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"Meu choro é silencioso. Sem lágrimas ou soluços. Meu choro é doloroso, vem de dentro. Quando choro é minha alma que grita, e não meus olhos"

A garota se levanta com o som do despertador e coloca os pés para fora da cama e, sentindo o chão gelado contra sua pele, esticou os braços para cima, encurvando um pouco a coluna antes de se levantar e caminhar até a escrivaninha do outro lado do...

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A garota se levanta com o som do despertador e coloca os pés para fora da cama e, sentindo o chão gelado contra sua pele, esticou os braços para cima, encurvando um pouco a coluna antes de se levantar e caminhar até a escrivaninha do outro lado do quarto para desligar o despertador.

Arrumou a cama, sonolenta e caminhou até a cozinha enquanto calçava seus chinelos azuis com detalhes em preto.

Depositou um beijo na bochecha da mãe se sentou ao seu lado, colocando um pouco de café com leite em uma xícara e pegou um dos mistos quentes já prontos.

─ Bom dia...

─ Bom dia ─ A mãe respondeu, antes de fazer uma pausa ─ Nós precisamos conversar.

Voltou seu olhar para a mulher com certa pressa. O tom de voz da mulher não era bravo. Parecia estar preocupada com algo.

─ Vamos ter que nos mudar.

─ Ah. Tudo bem ─ Deu de ombros. Aquele era o motivo da preocupação? Mia gostava daquela casa, mas sair de lá não era algo assim tão procupante.

─ Não. Não só da casa. Vamos pra Paris.

─ O quê?

─ Você sabe, desde que seu pai e eu nos separamos, eu tive que trabalhar em outra área, mas o salário que recebo não é muito bom. Então, recebi uma proposta de emprego na França. Na mesma área que trabalho aqui e o salário é bem melhor. Já comecei a procurar uma escola e achei uma ótima...

─ Você nem ao menos falou comigo! ─ A interrompeu ─ Mãe, tudo que eu tenho está aqui. Eu não posso. Sabe como foi difícil conseguir fazer amigos de novo depois que a Chloé foi embora.

─ Eu sei. Mas isso vai ser bom para nós.

─ Não. Isso vai ser bom para você.

Se levantou, deixando metade do pão e a xícara quase cheia na mesa, voltando para seu quarto.

***

Mia conseguiu falar com Gabriel Agreste, atual chefe de sua mãe, e ambos concordaram que se juntariam para pegar os miraculous de Ladybug e Chat Noir. Gabriel os usaria para trazer Emilie de volta a vida e Mia pretendia usá-los para fazer sua vida voltar ao que era antes. Voltaria a morar na Alemanha e seus pais não seriam mais divorciados.
Sabia que iria estudar no mesmo colégio que Chloé Bourgeois, uma antiga amiga, que afastou depois de um tempo.

A ruiva conhecia Chloé bem o bastante para saber que a loira poderia se mostrar bem temperamental em determinadas situações. E, repentinamente, se ver estudando na mesma escola de Mia Becker era uma das coisas que a faria ficar estressada.

─ Então, a senhorita Bourgois e você não se dão muito bem? ─ Gabriel pergundou e a garota assentiu ─ Ótimo. Vocês estará estudando na mesma escola que Chloé Bourgeois e meu filho, Adrien. Quero que se aproxime dele e, se for necessário, de seus amigos também.

─ Posso perguntar o motivo disso?

─ Se quisermos os miraculous, vamos precisar da ajuda de pessoas confiáveis e, acredite, vamos precisar da ajuda do meu filho.

─ Entendi... Mais alguma coisa?

─ Na verdade sim.

***

Mia caminhava até a sala de aula, acompanhada de Adrien, Alya e Nino. Aparentemente os dois últimos não eram os únicos amigos do loiro. Ainda tinha Marinette, uma garota que - segundo eles - costumava chegar atrasada, tirava boas notas, sempre tentava ajudar os alunos e era a representante da sala, junto com sua melhor amiga Alya.

A verdade era que a garota não via a hora de ir embora dali. Já estava farta daquelas pessoas.

─ Ah, não ─ Diz, Chloé, assim que seus olhos encontram Mia, entrando na sala, junto de Adrien, Alya e Nino ─ Por acaso isso é algum tipo de perseguição?! O que você está fazendo aqui?

─ Eu vou estudar aqui. ─ A alemã respondeu, com firmeza na voz.

─ Ah, mas não vai mesmo. Sabe quem é meu pai? Pois bem, ele é o prefeito de Paris e se eu quiser, ele pode te expulsar até mesmo da cidade!

─ Chloé, por favor, não comece ─ Adrien falou.

─ Já entendi. ─ A loira voltou a falar, revirando os olhos ─ Vocês acham que conhecem ela melhor do que eu? Sinto lhes informar, mas estão enganados. Essa garota é uma falsa. A filhinha da escritora alemã ridícula, Anne Becker. Me escutem. Acham que eu sou ruim? Não quero nem saber o que vão pensar dela.

A garota não precisou se esforçar muito para parecer estar magoada, permitindo que seus olhos lacrimejassem, quase que de fato chorando.

Percebeu que Chloé revirou os olhos ao ver sua atuação. A sorte que tinha era que Chloé Bourgeois era odiada por quase todos daquela escola, por isso seria mais fácil acreditarem em si, do que a loira.

Empurrou Adrien para o lado com delicadeza e saiu da sala de aula, indo em direção ao banheiro.

Se certificou de que estava sozinha no local, trancando-se em uma das cabines.

Tirou o celular do bolso da calça, desbloqueando o aparelho antes de procurar o número de Gabriel Agreste.

O celular tocou por alguns poucos segundos, antes que o homem atendesse.

─ Está tudo certo. Pode enviar o akuma ─ A ruiva garantiu.

─ Tem certeza que não vão desconfiar de nada?

─ Absoluta. Eles são muito ingênuos. Alvos fáceis.

─ Maravilha. Esteja preparada para enganar a Ladybug e o Chat Noir.

─ Sabe que eu estou preparada.

Mesmo que não estivesse vendo o homem do outro lado da linha, Mia sabia que ele estava sorrindo. Não iria julgá-lo. O plano estava correndo melhor do que haviam planejado. Estavam confiantes.

Não demorou muito para que a ruiva visse a borboleta negra entrar no banheiro pela janela. Sorriu e a viu pousar em sua pulseira. Não demorou muito para que a ruiva voltasse a ter contato com Hawk Moth.

Ne Pars PasOnde histórias criam vida. Descubra agora