25

341 62 16
                                    

Alguns dos medos e pânicos de Lexa foram embora quando decidiu que o Nova Espécie provavelmente não mentiria para ela. Ele era grande o suficiente para forçar a situação se quisesse estuprá-la. Já poderia tê-la matado a essa altura. O fato de que ela ainda estava respirando tinha que ser um grande sinal de que ele não era tão malvado quanto seus sequestradores acreditavam ou de que ele havia sentido o cheiro de Clarke e isso significava alguma coisa para ele. Ela deixou que ele a direcionasse para a cama onde ela cuidadosamente se sentou na beirada.

O Nova Espécie se agachou na frente dela, com os joelhos abertos, colocando as pernas dela entre suas coxas. Ela notou que ele parecia gostar de prendê-la assim, e ela não gostou de como ele também tinha uma preferência por invadir o espaço pessoal dela. Ele estava perto demais para que ela ficasse confortável.

O olhar dele buscou o dela.

– Quantos?

– Não entendi.

– Quantos Novas Espécies foram soltos?

– Não tenho certeza do número exato, mas centenas.

Ele respirou fundo algumas vezes e pareceu ficar bravo novamente.

– Quantas centenas?

Lexa hesitou.

– Eu não sei. As Novas Espécie não querem exatamente que o público saiba disso, hum, que humanos saibam. Eu chutaria que pelo menos trezentos deles vivem na Reserva. Tem também a Arkadia, uma grande base militar convertida que foi dada a eles e outra grande área onde mais Novas Espécies moram. Deve haver algumas centenas também. Provavelmente mais.

– Me diga alguns números que você conheça.

– Não estou entendendo. Eu acabei de falar que não tenho certeza de quantos deles existem no total.

Ele rosnou de leve. Ele apontou para si mesmo.

– 927. Quais números você conhece? Qual era o número de Clarke antes?

Ela entendeu.

– Eu não conheço nenhum. Eles nunca usam os números dos laboratórios de teste. Todos escolheram nomes quando foram libertados. Eu nunca quis perguntar a Clarke qual era o número dela quando ela ainda estava presa. Não quero deixá-la triste ao se lembrar de sua vida de antes.

Ele piscou.

– Eles escolhem seus próprios nomes?

Ela balançou a cabeça.

– Sim. A maioria tem nomes, como Becca e Kara – ela pausou antes de listar outros nomes que havia escutado. – Finn. Camila. Octávia. Raven. Bellamy. Me disseram que eles escolhem nomes de coisas que amam ou de algo que tenha um significado para eles. – Ela olhou fixamente para os olhos dele. – Eles teriam vindo te soltar se soubessem de você – sussurrou. – Eles não sabem do laboratório de testes em Colorado. Eles pensavam que haviam encontrado todos e tinham libertado todo mundo.

Ele se levantou abruptamente e virou de costas para ela. Lexa se esquivou quando ele rosnou alto e começou a andar pela cela. Ela foi para trás até que suas costas descansassem nas grades na parede da jaula. Ela abraçou seu peito e subiu seus joelhos, apenas assistindo-o em silêncio. Ele parecia agitado e realmente nervoso. Ela havia respondido às perguntas dele, mas se arrependera da última parte. Talvez ele estivesse tão nervoso porque outros foram encontrados e ele não foi.

Clarke não vai deixar de procurar por mim. Isso significa que ela vai nos encontrar. Eu e você. Eles vão te libertar – ela falou baixinho, esperando que sua voz não fosse levada até onde o doutor e seus dois marginais tivessem ido. – Nos amamos muito, e ela não vai desistir.

CLARKE. (Clexa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora