Capítulo 9

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Abby caminhava apressada para casa. Queria apenas comida e cama, tinha sido um dia estressante e muito estranho. Caminhava pela estrada de terra que era um atalho que pegava para chegar mais rápido na vila.

A casa do conde de Berkshire era meio longe se fosse pela estrada normal, mas por ali chegaria bem antes.

Enquanto ia pelo caminho rezava para que Deus iluminasse seus pensamentos e a ajudasse a saber o que fazer sobre a proposta do conde.

Havia chovido mais cedo e a estrada estava cheia de poças lamacentas, Abby passava por cada uma com cuidado, mas ao escutar um galope se aproximando ela se assusta e acaba caindo na lama.

— Droga! — ela suspira inconformada. Era tudo o que faltava neste dia horrendo, pensava ela.

Enquanto se levantava da poça tentado, inutilmente, limpar-se o cavaleiro que a havia a assutado se aproximara dela estranhando ver uma jovem mulher aquela hora no meio de uma estrada e mais estranho ainda pois ela estava em uma poça de lama.

— Está tudo bem, senhorita? — Abby se assusta ao ouvir a pergunta proferida por uma voz grave, mas ao mesmo tempo aveludada.

Sem se virar e ainda tentando achar um jeito de melhorar sua aparência respondeu mal humorada.

— É evidente que não. Olha só como estou suja! — que mulher mal educada pensava agora carrancudo o cavaleiro.

— Gostaria de uma carona? — perguntou só para ser educado, não suportava gente mal educada.

Abby pensa em aceitar, mas pensa que pode ser um criminoso e ele não parecia estar com uma carroça então recusa.

— Como queira — ele passa por ela e baixa o chapéu que usava para ela em sinal de comprimento.

E ela ao ver a bela espécie de homem que passava por ela se surpreende, pois o cavaleiro era um homem  de enorme estatura, ombros largos e pelo que a camisa permitia ver, forte. Além de possui um maxilar forte e cabelo ruivo.

Ela sente-se ainda mais humilhada. Mais um homem bonito que a vê em seu pior estado.

Ela chuta uma pedra e continua em seu caminho.

[...]

Abby comia desanimada olhando para seu prato ainda sem saber o que fazer. estava pensando no conde e na sua proposta. 

Era tudo o que ela mais queria, mas porque tinha que ser ele? Por que não um trabalhador simples? Sabia que um casamento com ele seria muito vantajoso para ela, mas não conseguia enxergar o que ele ganharia com isso. 

Isso se chegasse a casar-se com ela. Lembrou de Hannah Simmons que foi enganada e deixada grávida por um viajante que prometeu se casar com ela. Não queria ter o mesmo destino. Ela não culpava Hannah pois ela era apenas uma menina sem muita experiência, assim como ela própria.

Suspirou mais um vez e Victoria que a comia junto com ela na mesa bufou irritada.

— O que diachos aconteceu pra você estar toda cheia desses suspiros? — Abby se assusta e engasga, ainda tossindo responde:

— Nada

— Você acha que engana-me? Diga logo o que aconteceu! — não estava nos planos de Abby contar nada para Victoria, porém ela era sua irmã, sua única amiga e família, não tinha mais ninguém com quem se aconselhar.

Respirando fundo começou a conta tudo a irmã, sentia vergonha da proposta inicial do Conde, mas mesmo assim contou e ao chegar na parte da segunda proposta sua irmã dá um grito.

— O que você repondeu?

—Disse que ia pensar — Victoria se levanta da mesa com um solavanco e começa a caminhar pela apertada cozinha.

— Pensar? Você não tem o que pensar! É a oportunidade da sua vida, Abigail!

— É claro que tenho que pensar! Casamento é algo sério! — Victoria ri sem humor.

— Então, você prefere continuar pobre o resto da vida por causa desse orgulho bobo? Se toca! Quando você acha que vai receber outra proposta dessa? — começando a sentir-se irritada com a irmã, Abby também se levanta e aponta o dedo na sua direção e diz.

— Orgulho? Isso é muito mais que orgulho. É casamento. É uma promessa que se faz a Deus diante do alta, diante das pessoas que mais amamos.

— Você por acaso quer virar santa? De que adianta tudo isso se nos vivemos miseráveis assim? An? Me diz! — Victoria tinha se aproximado de Abby e falava tudo com a mão apontada para seu rosto.

Abby empurra a mão de Victoria e responde

— Isso tudo aqui é temporário. Você não notou? Essa beleza que você tanto quer preservar, que prefere passar necessidade do que trabalhar, vai acabar um dia! Nosso tempo nesse mundo é muito curto e não vou desperdiçar a vida que Deus me deu O densorrando ou vivendo uma vida de mentiras! — Victoria aproximou de Abby e disse entre dentes.

— Você é uma tola! Uma idiota por recusar o conde! — Abby estava cada vez mais irritada e então diz.

— Se está tão incomodada assim vá você procurar o conde e ofereça sua companhia a ele!

— Tem razão. E quer saber, aposto que ele vai me aceitar porque eu sou bonita, porque eu sou bonita o suficiente para ser uma condessa diferente de você! — e surpreendendo a Victoria e a si própria, Abby dá um tapa no rosto da irmã.

Chocada Victoria coloca a mão no rosto e começa a chorar. Ainda em choque Abby tenta se aproximar da irmã que se afasta corre em direção a porta.

— Espera, me desculpa! — Abby grita e pede para que sua irmã volte, mas ela corria em direção a rua parcamente iluminada.

Abby entrou para dentro de sua casa e chorava enquanto rezava pedindo a Deus que cuidasse de sua irmã.




Oi, gente!!
Como cês tão? Hj o capítulo saiu um pouco mais tarde do que tô acostumada a postar, mas a semana foi corrida e não tive muito tempo pra escrever, então relevem se verem algum erro grotesco.

Quero MUITO a opinião de vcs sobre o andamento da história. Vcs acham que tá tudo indo rápido demais ou tá legal?
É meu primeiro livro e tô aprendendo ainda.

Fiquem com Deus e até o próximo sábado :)

Renascer do Amor - Nicolle SouzaOnde histórias criam vida. Descubra agora