Capítulo 6

3 0 0
                                    

Meredith ordenou que Faisal se retirasse da sala de visitas, embora o mesmo recusasse e tentasse muitos argumentos, acabou sendo arrastado a força pelo Zernen enquanto gritava para que o soltassem. Meredith deu um sorriso torto enquanto observava o pequeno drama que o seu noivo fazia, mas logo seus olhos azuis ficaram tão sérios que nem de uma águia.

— Agora que estamos a sós...

"Lá vem."

— O quer com a minha família? Qual é o seu objetivo?

— Eu só quero uma renda financeira... — Ela franziu as sobrancelhas. — Para aquisição de armas, é claro. É um negócio que o seu noivo se predispôs a fazer comigo.

— Por favor, quem cai nessa? Ele pode ser um pouco inocente, mas...

"De inocente ele não tem nada, isso eu garanto."

— Não tem como ele se aliar a um mendigo como você! Que há poucas horas estava lá pedindo esmolas e me chantageando com aquela bobagem de " Ah, seu noivo vai te trair daqui a 3 dias." — Ela encurvou dois dedos de cada mão e então continuou: — E agora do nada, você faz negócio com ele? Que palhaçada é essa?!

— O que tem um mendigo fazer negócio? Um dia eu teria que sair da pobreza, não é mesmo?

— Mas do nada? Em poucas horas?

— Minha avó costumava dizer que em um minuto tudo pode acontecer.

— Então, o que aconteceu nesse um minuto?

"Resumindamente: chantageei o seu noivo."

— Aquele homem que viu aqui é neto do dono de uma oficina de armas. Eu fui lá pedir trabalho e ele viu o meu talento, então decidiu me contratar.

— Isso em um minuto?

— Não, sua boba. Digo, não!

— Você me chamou de boba?! — Ela franziu as sobrancelhas ligeiramente.

"Droga, essa era a fala que o herói usava quando a Meredith se fazia de idiota."

— É... — Estalei os dedos. — É porque é óbvio que isso não aconteceu em um minuto.

— Mas não foi você que disse isso?

— Eu estava sendo irônico.

— Saiba que não estamos aqui para ser irônico. — Seus olhos franziram. — Use uma linguagem mais direta, se tem amor pela sua vida.

"Ela acabou de me ameaçar?"

— Bem, é isso mesmo. Eu dei sorte e acabei saindo da pobreza.

— Quanta sorte para uma pessoa... Mas não importa mais. — Cruzou suas pernas, mantendo ainda contato visual comigo.—  Não vou mais questioná-lo sobre os métodos macabros que usou para dar volta a vida e sair da pobreza tão subitamente.

"Métodos macabros?", ergui uma das sombracelhas, mas logo sorri normalmente:

— Eu agradeço.

— No entanto, tenho uma e última pergunta a fazê-lo.

— Se estiver ao meu alcance.

"Isso mesmo! Agora estou agindo como um nobre frio e calculista de verdade!"

— Sobre o meu noivo me trair... é mesmo verdade?

"Eu já sabia que era isso."

— Sim. — Balancei a cabeça positivamente, a olhando severamente. — Seu noivo a traíra.

Ela mordeu os seus lábios, contorcendo os seus traços em uma expressão triste.

Eu me sinto triste por ter dado essa informação para ela antes do momento, mas ou era isso, ou eu continuaria sendo um zé ninguém; sem dinheiro e sem nada.

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Apr 02 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

Renasci só para mudar o final da História Where stories live. Discover now