𝟬𝟬𝟭. 𝖻𝗂𝖺𝗇𝖼𝖺 𝖻𝖾𝗅𝗆𝗈𝗇𝗍𝖾

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No dia em que toda a bomba estourou, quando meu ex decidiu, por algum motivo obscuro, espalhar acusações falsas sobre mim em um podcast, ferindo meus valores e reputação, minha equipe me aconselhou a tomar uma atitude

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No dia em que toda a bomba estourou, quando meu ex decidiu, por algum motivo obscuro, espalhar acusações falsas sobre mim em um podcast, ferindo meus valores e reputação, minha equipe me aconselhou a tomar uma atitude.

Postar uma retratação no instagram.

A imagem deveria refletir autenticidade, sem maquiagem, cabelo naturalmente arrumado e roupas claras, de preferência brancas. Na legenda, um texto cuidadosamente elaborado seria inserido, não por mim, mas por representantes legais. Esse texto seria uma retratação enfática, esclarecendo que as alegações de traição eram infundadas e caluniosas.

Mas eu escolhi não fazer.

Certa vez, minha mãe me disse: "Não permita que se torne um desconhecido para si mesmo ao seguir cegamente o que os outros pensam ser melhor para você."

Aquilo não era o melhor para mim. Eu não precisava de uma retratação pública. Não havia feito nada que ferisse os valores de ninguém, e a internet tem o hábito de escolher em quem acreditar. Uma simples foto no feed do Instagram não iria ditar o rumo daquela polêmica toda.

Fechei os olhos e aguentei a porrada  sozinha. Me vi perdida, chorando por algo que outro alguém me causou. Mas compreendi que a gente nasce sozinho e morre sozinho. E foi sozinha que encontrei a cura para minhas feridas.

— Chegamos — disse o motorista enquanto estacionava o carro em uma das vagas do estacionamento de um prédio. — O porteiro vai te explicar como você faz pra chegar até o estúdio.

— Está bem, obrigada! —  Desliguei o celular e saí do carro, dirigindo-me à entrada principal.

— Bom dia! — Um velhinho bastante simpático sorriu enquanto preenchia algo em uma folha que eu chuto dizer que se tratava de palavras cruzadas.

— Sou Charlie. E você deve ser a Bianca Belmonte. Estou certo? —  Ele disse, mantendo o sorriso. — Muito prazer, Charlie! Sim, sou a Bianca.

Sorri de volta.

— Ah, estava esperando por você. Pode pegar o elevador e subir até o décimo andar; toda a equipe já está te esperando. — Obrigada, Charlie.

Fui em direção ao elevador e o chamei. Não demorou para que eu chegasse lá em cima.

— Boa tarde, Bianca. — Uma mulher de cabelos pretos veio ao meu encontro assim que eu saí do elevador. — Vem, os meninos ainda não podem ver você. Faz parte do vídeo.

"Estúdio 6" era o que estava escrito na porta do lugar para onde entramos.

— Eu vou lhe passar o roteiro do vídeo e você estuda enquanto a gente termina de montar os aparelhos e os meninos terminam de se preparar, combinado? — disse a mulher. — Tudo bem, obrigada.

Sorri simpática e me sentei em um dos sofás da sala, começando a ler a folha que ela havia me entregado.

— Bom, tudo o que acontece nos vídeos é muito espontâneo. A gente só entrega esse 'roteiro' para os convidados para eles terem um norte para seguir durante o vídeo, —  explicou ela, sorrindo.

𝗘𝗫𝗔𝗚𝗘𝗥𝗔𝗗𝗢;             𝖢𝗁𝗂𝖼𝗈 𝖬𝗈𝖾𝖽𝖺𝗌Où les histoires vivent. Découvrez maintenant