CAPÍTULO TRÊS

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–– Eu vou encontrar você, Lana! –– suas mãos apertam meu pescoço e quase não consigo respirar –– Não adiantou ter fugido de mim todos esses anos, porque vou te achar, você querendo ou não

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–– Eu vou encontrar você, Lana! –– suas mãos apertam meu pescoço e quase não consigo respirar –– Não adiantou ter fugido de mim todos esses anos, porque vou te achar, você querendo ou não.

Acordo assustada, encarando o teto do meu quarto enquanto meu peito sobe e desce rapidamente. Foi mais um sonho, ou melhor, um maldito pesadelo.

Me sento na cama, passando a mão no rosto, sentindo meu corpo coberto de suor. Tento controlar minha respiração, estou bastante ofegante e respirar está quase sendo impossível. Até quando minhas noites vão ser assim? Eu nem mesmo me lembro da última vez que consegui dormir tranquila, sem ter pesadelos. 

Isso parece ser o meu carma.

Após a última aula acabar, saio a caminho da livraria, onde Simi já deve estar já que não foi para a faculdade hoje, e Simi quase nunca falta.

Meu celular começa a tocar no bolso da minha jaqueta, o pego para ver de quem é a chamada e interrompo meus passos no mesmo instante quando vejo o nome da pessoa na tela. Gracie, minha irmã mais velha que não manteve muito contato comigo depois que a nossa mãe morreu está me ligando agora. A gente quase nunca se fala, não temos uma boa relação como eu queria, então o que ela quer?

Solto um suspiro e atendo a ligação, afinal, só vou saber o que ela pode querer se atender.

–– Oi, Gracie, quanto tempo. –– passo a mão nos meus cabelos, jogando uma parte dele para trás –– Já faz alguns meses desde a última vez que nos falamos.

–– Eu sei disso. –– seu tom de voz está sério, o que não é nenhuma surpresa.

Houve um pequeno silêncio depois. Torci a boca para o lado, pensando em algo para dizer, mas eu não sabia o que. Gracie e eu só nos falamos quando é necessário, não somos tão próximas como eu gostaria, e desde a morte da nossa mãe, Gracie se afastou ainda mais de mim, ela aderiu uma outra personalidade, uma de alguém que não se importa com mais ninguém, nem mesmo com sua única irmã. Bom, ela nunca se importou, só que isso não deveria ter continuado assim.

–– Então, como vão as coisas? –– pergunto, e não sei exatamente o que conversar com ela, isso foi tudo que veio na minha mente.

Começo a seguir meu caminho de antes.

–– Eu não pretendo fazer com que essa ligação demore muito, então vou ser breve, Lana. –– a ouço suspirar –– Só te liguei para dizer que estou indo para a sua cidade em algumas semanas. Achei importante você saber.

Franzi o cenho e apertei os lábios. Estou confusa agora, mas também surpresa, uma vez ela disse que não gostava de onde moro e por isso não vinha me visitar, agora ela está me dizendo que terá que vir até aqui. Acredito que o motivo seja muito importante, e não deve ser eu.

–– Tenho algumas questões pessoais que precisam ser resolvidas aí.

–– Ah... tudo bem. –– coloquei minha mão livre dentro do bolso da minha jaqueta –– Você vai ficar no meu apartamento? Ele só tem um quarto, mas eu posso…

Bad IdeaWhere stories live. Discover now