🖤Capítulo 12🖤

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-Finalmente a Lady Lesso tá se entregando aos sentimentos.

- Espero que estejam a gostar.

- Capítulo não revisado

- Capítulo não revisado

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(Pov:L.Lesso)

Faz duas semanas desde o acontecimento com o Rafal, e durante todo esse tempo, tenho passado horas ao lado dela, esperando que acorde. As escolas se uniram depois de tudo o que aconteceu, mas isso só me deu mais tempo para estar aqui, cuidando dela como deveria ter feito antes. Se eu tivesse alertado sobre o Rafal, se tivesse deixado meu egoísmo de lado, ela não estaria nessa situação.

P.Dovey: Ela não vai fugir se tu saíres por 5 minutos.

- Eu sei, mas prometi que ficaria aqui até que ela acordasse, e vou cumprir essa promessa.

P.Dovey: Tudo bem, teimosa. Vou dar aula.

Permaneço ao lado dela, observando-a silenciosamente enquanto repasso mentalmente todos os momentos que nos trouxeram até aqui. Seus lábios estão pálidos, e sua respiração é fraca, mas ainda assim, há uma sensação de esperança no ar. Talvez seja apenas meu desejo, minha necessidade de acreditar que tudo vai ficar bem. Mas, por enquanto, é tudo o que posso fazer: esperar e torcer para que ela se recupere.

E aqui estou eu, sentada com o livro da Emily Dickinson aberto na mão. Agora entendo o porquê de ela amar ler isso. Enquanto mergulho nas palavras, acabo adormecendo, mas logo sou despertada por sua voz.

A voz dela me desperta de meu breve sono induzido pela leitura. Seus comentários carregam um peso sombrio, e o corvo em seu ombro parece ecoar seu tom amargo.

- Parece que alguém virou a Bela Adormecida.

Rose: A mim me parece que para alguém que não se importava, se importa de mais, Leonora de Gavaldon - sua voz carrega uma pontada de raiva.

Sinto-me incomodada com a intensidade de suas palavras, mas antes que eu possa responder, ela estende a mão para me deter quando eu me levanto para sair.

Rose: Fica, por favor.

Por um momento, hesito, sentindo-me dividida entre o desejo de sair dali e a compaixão que ainda sinto por ela. Finalmente, decido ceder e me sento novamente, evitando seu olhar.

Rose: Val, podes ir, vou ficar bem.

Vejo um leve sorriso surgir em seus lábios enquanto Val sai da sala. A quietude que se segue é carregada com a tensão entre nós, enquanto cada uma de nós lida com nossos próprios pensamentos e emoções.

Rose: Porque? - sua pergunta ecoa em meus ouvidos, carregada de curiosidade e talvez um toque de amargura.

- O que? - questiono, fingindo ignorância, embora saiba exatamente sobre o que ela está falando.

Rose: Porque ficar do lado do Rafal. Era para isto acontecer? O amor por ele é assim tão avassalador? Pensava que os Never não tinham amor verdadeiro.

As palavras dela me atingem como um soco no estômago. É difícil encarar a verdade de suas palavras, especialmente vindo dela, que conhece meus sentimentos melhor do que ninguém. Respirando fundo, tento formular uma resposta que faça sentido, mesmo que para mim mesma.

- Eu... - hesito por um momento, tentando organizar meus pensamentos. - Não sei se é amor, Rose. Não sei se posso chamar assim. É... complicado.

- Mas sei que há algo dentro de mim que ainda se agarra a ele, apesar de tudo. Talvez seja uma ligação que vai além do que podemos compreender. - Admito, sentindo o peso das minhas próprias palavras.

Observo Rose com ternura enquanto ela processa minhas palavras, seu rosto expressando uma mistura de emoções. Sua voz ecoa no quarto, carregada de autodepreciação, e isso me parte o coração. Decido me aproximar e me sento ao lado dela na cama, segurando sua mão suavemente para transmitir apoio e conforto.

- Eii, primeiro tu não és patética, muito pelo contrário. Você é inteligente, carinhosa, teimosa, e segundo, ninguém falou que não existe um "nós". - Respondo, tentando infundir confiança em minhas palavras.

Seu olhar encontra o meu, e posso ver a vulnerabilidade em seus olhos, uma vulnerabilidade que ecoa dentro de mim também. É como se estivéssemos dançando em um campo minado emocional, tentando encontrar um equilíbrio delicado entre o que queremos e o que tememos.

Rose: Mas também ninguém falou que existe, ou alguém aqui está a confirmar que ficou assustada e fugiu depois de me beijar.

O tom provocativo de suas palavras ecoa no quarto, misturando-se com a tensão que paira entre nós. Sinto meu coração acelerar enquanto ela desafia nossos sentimentos não ditos. Aperto suavemente sua mão, buscando transmitir uma sensação de calma, apesar da confusão que nos envolve.

- Rose, eu... - hesito, lutando para encontrar as palavras certas. Minha mente está uma bagunça de sentimentos conflitantes, mas eu sei que devo ser sincera com ela.

Sinto a pressão de sua mão na minha, um lembrete tangível de sua presença ao meu lado. É reconfortante e ao mesmo tempo assustador, a intensidade de nossa conexão é inegável.

- Eu não fugi porque estava assustada... - começo, buscando coragem para expressar meus verdadeiros sentimentos. - Eu fugi porque estava com medo... Medo do que isso significava, medo de me entregar a algo que eu não entendia completamente. Mas agora eu já os entendo, e com certeza existe um nos.

Observo atentamente a expressão de Rose, um sorriso tímido brota em seus lábios, revelando uma resposta silenciosa que me enche de esperança. Sinto-me momentaneamente envolvida pela proximidade dela, seu toque gentil em minha nuca, e os nossos rostos se aproximando.

Agatha: A princesa acordou.

No entanto, somos interrompidas pela entrada repentina de Agatha e Sophie, trazendo consigo sua animação característica. Um sentimento de frustração passageira me invade, mas logo o substituo por um sorriso, acostumada com as brincadeiras entre as duas.

Rose: Olha, olha se não é a desobediente.

Sophie: Ela sendo ela.

Rose: Não sei como tu aguenta aturar ela.

- Adeus, leitoras.

Me levanto para ir embora, mas Rose me puxa de volta com delicadeza, selando nossos lábios em um gesto rápido, porém carregado de significado.

As exclamações divertidas de Agatha e Sophie ecoam no quarto, evidenciando o momento inusitado.

Agatha/Sophie: Uouuuu!

Rose: Boa aula, leitora.

Sinto-me aquecida pelo gesto de Rose, um pequeno raio de luz em meio à rotina turbulenta da escola.


•Oi meus fantasminhas

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Entre o Bem e o Mal: Lady LessoWhere stories live. Discover now