Capítulo VII

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Há rachaduras na estrada que seguimos
Mas onde o templo caiu
Os segredos enlouqueceram
Isto não é nada novo
Mas quando nós matamos tudo
O ódio era tudo que nós tínhamos

Psychosocial
Canção de Slipknot

       

                As pessoas corriam pelas ruas da cidade. Soldados pegavam o que podiam de armas, mas nenhum tinha esperança de derrotar o monstro.

        — Que arma para ela? — Um jovem grita desesperado.

        — Pergunta para um monge budista. — Outro grita.

        — E onde tem um monge aqui? — O primeiro berra.

        — Temos? — O segundo repete.

        — Que caralho de monstro ela é? — O primeiro ainda pergunta.

        — Uma Yōkai. É tudo que podemos saber.

        A cidade parecia ser da década de 1920, se não fosse pelo fato de que deveriam estar bem avançados no futuro. Era o território onde os servos do Demiurgo se escondiam do mundo "real". Tipo o galpão de Ares, só que em um bairro ou vila escondida. Agora, para o seu desespero, um dos seres mais antigos da história estava entre eles..

        Aqueles dois jovens pegaram o que podiam e se viraram. Então lá estava ela. O terror que adentrou a cidade horas antes.

        Parecia ser só uma garota de 13 anos, cabelo rosa, pele amarela, olhos vermelhos sangue, uma face infantil e uma aura no formato de uma raposa branca com o que parecia ser várias caudas . Vestia uma roupa preta, a mesma de horas antes.

        Ela encarava os dois jovens e moveu sua cabeça para o lado como se estivesse tentando decidir o que fazer.

        Na presença dela ninguém conseguia nem mesmo respirar. O tempo parecia realmente parar como tudo.

        — Emma! — A garota loira que chegou com ela, falou. — Eu sei o que está passando. Tente se acalmar, por favor!

        Ela tentava se aproximar como se estivesse perto de um animal selvagem e perigoso.

        Emma baixou os olhos de forma triste. Ela parecia entender a situação, porém estava assustada e extremamente perigosa. Então um homem tenta usar sua espada nela e pelas costas. Nathália grita um "não " agudo. No mesmo momento, o homem entra em combustão instantânea e se torna apenas cinzas. Emma olha e sua face muda para a raiva. Ela começa a flutuar no ar como se estivesse levantando voo. O ar se move em seu redor e seu corpo se transforma em um gás e por fim ela some.

        Algumas horas antes

        — Ela vai ficar bem? — Nathália perguntou para um homem negro, jovem e bonito.

        — Bom, eu fiz o que pôde. Mas o que ela fez... Não é algo humano. — O homem falou

        — Ela falou em ligação com Ares... — Nathália começou, mas logo foi interrompida.

        — Isso não é uma história de Percy Jackson. Não é porque teu pai é um deus que você será um semideus.

        — O que quer dizer?

        — Curioso, não acha? — Um homem negro e de cabelos um pouco grisalhos surge seguido por um cachorro preto.

        Por um segundo Nathália não respirou, mas logo sentiu um alívio pelo fato do cachorro ser só um cachorro. Um típico cachorro de caça.

Conselho dos Deuses - A Maldição De Sísifo Onde histórias criam vida. Descubra agora