Vamos admitir o que sentimos

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Aquela segunda se resumiu em correr para terminar algumas promoções que havia feito e também fugir dos olhares insistentes de Park Jimin, eu sei que tínhamos que conversar sobre tudo que aconteceu durante aquele final de semana, mas assumir e admitir sentimentos que você tentava a todo custo esconder era bem difícil, tentei ocupar minha mente com as coisas do trabalho e os prazos que tinha que cumprir até o final do dia, achando assim que aquilo poderia me proteger.

Trocar de caminho ou até puxar assunto com outros para não falar com ele foram duas das muitas coisas que me fiz fazer, eu sei eu estava sendo ridícula com respeito a tudo aquilo, mas eu não conseguia o encarar, ao mesmo tempo que estava envergonhada sobre tudo que falei naquela noite, também não sabia identificar aquele beijo e a tensão que veio depois.

Durante o almoço eu me arrisquei novamente preferindo ir um pouco longe para ver se aqueles pensamentos que me assolavam se afastavam o que não deu muito certo, eles ainda continuavam ali, e uma parte de mim insistia que eu deveria sentar e conversar com o causador da maioria dos pensamentos, esclarecendo assim a noite em que conversamos, os sentimentos que me rondavam e o beijo que tivemos.

Quando voltei ao escritório, Jully estava a todo custo tentando puxar assunto com ele enquanto o mesmo digitava algo que parecia ser importante em seu computador, além de toques da parte dela que achei desnecessários havia um pouco de provocação que me deixou inquieta e com vontade de interromper. Mas por que eu faria isso? Apenas pagaria de louca ciumenta não é mesmo? Então o melhor a se fazer até a hora de ir embora era não se envolver.

Com o passar das horas e com a decisão que eu tomei durante o almoço eu comecei a ficar cada vez mais ansiosa, vários "e se" surgiram em minha cabeça e o trabalho que antes eu estava concentrada em fazer começou a não ter tanta importância.

E assim o horaria de irmos embora chegou, por conta de um breve descuido troquei olhares com Jimin e acabei me virando por alguém chamar meu nome, fazendo assim ele sair do meu campo de visão... Chateado? Praticamente correndo reafirmei o que a pessoa queria tirando sua duvida e saindo correndo e cambaleando para segurar aquele que não queria perder.

Precisava ser hoje...

Precisávamos nos entender!

- Jimin... – chamei sem resultado – Park Jimin!

Ele interrompeu a conversa e me olhou intrigado, parando no caminho que estava seguindo para me esperar.

- Precisamos conversar!

- Precisamos? – franziu o cenho – você me ignorou o dia todo e agora precisamos conversar? O que aconteceu?

Ali estava claro sua chateação e cá entre nós ele não estava errado, eu realmente havia fugido e ignorado seus mais sinceros olhares, em vez de inventar uma desculpa resolvi ser sincera:

- Eu estava com vergonha, sem coragem de te encarar!

- E fizemos algo de errado para isso? Até parece que você me revelou que é a maior assassina de Seoul! – ironizou – Eu preciso ir, Haneul...

- Por favor, só me ouve falar – pedi segurando seu braço – se for... não sei quando terei coragem novamente!

Parece que minhas palavras lhe afetaram, tanto é que ele respirou fundo e concordou com a cabeça, em um movimento surpresa segurei sua mão e o puxei para dentro da empresa novamente, não muito longe de onde estávamos apenas nos sentamos naquele grande hall que ficava na recepção.

- E então... – ele sugeriu inquieto logo após nos sentarmos.

- São tantas coisas que quero falar, mas tudo bem... – respirei fundo – eu te evitei hoje por que estava confusa, maluca e envergonhada – sorri quando ele entortou levemente a cabeça para o lado – tudo aquilo que aconteceu conosco no final de semana me deixou balançada, tentei lutar com o sentimento porém se tornou cansativo e tenho que admitir você mexeu comigo de todas as formas que podia imaginar, eu fui uma injusta te julgando e me sinto envergonhada até agora por isso, e por esta razão evitei seu olhar, eu não sou...

- De novo com isso? – sua pergunta sem paciência me fez o olhar de olhos arregalados – eu já disse naquele dia que você teve a chance de me conhecer melhor e fez, todos temos primeiras opiniões o que torna isso diferente é quando damos a chance de a pessoa se provar o contrário.

- Mas não é fácil você dizer o que pensava e depois encarar normalmente, principalmente depois... depois...

- Do beijo? – ele umidificou os lábios e aquilo só me fez pensar no beijo novamente – não irei me desculpar sobre aquilo, era algo que queria fazer a muito tempo...

- Muito tempo? – repeti como uma tola

- Você sempre esteve no meu campo de visão, eu tentei arranjar vários empecilhos para não me aproximar ou não gostar de você, mas você é tão pura, sincera e diferente e então começamos a trabalhar juntos. Como eu poderia não expor o que sentia? Eu senti que você tentava me afastar e quis provar a você que não sou o que a maioria pensa e não pensei que nesse caminho iria cair cada vez mais de amores por você.

- Então está dizendo que...

- Sim, o charme que sempre joguei, o motivo de sempre estar na sua área mesmo antes de começar a ser da sua equipe, não era provocação ou para me mostrar, era para ver você!

Me senti tremula!

- Então não sou a única apaixonada aqui? – soltei sem pensar, logo em seguida tampando a boca ao pensar

- Não precisa disso – tirou minhas mãos segurando ambas – vamos parar com isso e admitir logo, hm?

- Eu gosto de você Park Jimin – admiti primeiro o olhando nos olhos – me arrependo de não ter visto antes, mas agora que vejo como é não irei desperdiçar esse momento nem fugir.

- Eu gosto de você Kim Haneul – sorri se aproximando e encostando nossas testas – para mim esse trabalho em equipe foi uma dadiva que serei eternamente grato.

E ali naquele final de tarde, com a empresa praticamente deserta e o escuro quase fazendo presença nos beijamos novamente, bobos e apaixonados por todo sentimento que lutávamos para esconder finalmente ter sido desabafado!

Tente não se apaixonar, e falhe | PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora