Capítulo 20

1.1K 128 47
                                    

James estava nervoso.

O que deu em mim? Era o que ele continuava a se perguntar de novo e de novo. Quem disse que era uma boa ideia pedir para beijar Regulus? Era para ele ir devagar! Para ter calma e paciência com seu Reggie! Mas então... Então Regulus estava em seus braços e James se entregou àquela maldita vontade que o perseguia desde que ele percebeu seus sentimentos por Regulus pela primeira vez.

Regulus não estava focando o olhar nele, e James sentia uma leve culpa o tomando. Quer dizer, ele ficou desconfortável com aquela aproximação ou só estava nervoso? James deveria esperar mais tempo para dizer a ele o que sentia? O Potter não queria que ele pensasse que James não o amava. Porque, inferno, como ele o amava! Mas era um caso sério e ele deveria pensar bem antes de tomar decisões. Isto é, ele deveria tomar cuidado para não passar dos limites de seu Reggie e o respeitar devidamente.

Agora, como ele fazia isso quando toda vez que Regulus o olhava, ficava vermelho e depois desviava o olhar? Era simplesmente adorável e fazia James querer o encher de beijos por todo o rosto. Talvez, então, ele ficasse vermelhinho daquela forma todo o tempo. James não reclamaria, era encantador.

— Papai! — Aurora pareceu mais do que contente em ver Regulus. — Olha! Olha o que a vovó me deu!

Regulus se abaixou em frente a menina, segurando o pingente do colar dourado reluzente que agora enfeitava o pescoço de sua filha. Era um P, maiúsculo e de letra de forma. Parecia ser feito de ouro e em vez do espaçamento no centro da letra ali tinha uma jóia vermelha que não parecia nem de longe ser falsa. Um rubi, talvez. Regulus não sabia dizer exatamente.

— É lindo, meu amor. — Regulus murmurou, encarando os olhos cinzas da filha tão idênticos aos seus. — Combina perfeitamente com você, Serp.

Aurora soltou um gritinho de felicidade, se jogando nos braços do pai, que rapidamente a levantou com um sorriso radiante no rosto, até se esquecendo de sua vergonha por quase ter beijado Potter no jardim daquela casa. Euphemia observava, completamente encantada, a relação de pai e filha. Depois de tudo que havia escutado naquele meio tempo, tinha a mais absoluta certeza de que Regulus era um excelente pai para a Aurora. E talvez, se tudo desse certo, ele pudesse ser para Harry também.

— O que é isso na sua bochecha, querida? — Regulus perguntou ao notar uma pequena mancha ali, limpando com cuidado.

Aurora tinha pintinhas pelo corpo, como as suas, e várias delas se encontravam em seu rosto. Fora as sardas, que enfeitavam as bochechas em consenso com as pintas. Era magnífico, se alguém perguntasse a Regulus. Ela puxou os melhores traços de si, era o que ele sempre pensava.

— Ah, isso? É glacê. — A menina limpou a bochecha com as costas da mão. — Eu fiz uma guerra de glacê com o Harry, o Rony, a Ginny e os gêmeos. Foi glacê para todo lado!

Regulus riu, divertido. Ah, Aurora sem sombra de dúvidas não tinha ideia do quanto sua felicidade deixava Regulus feliz também. Se ela soubesse, Regulus tinha certeza que nunca mais a veria triste. No fim, ela ainda era um docinho de menina que se preocupava muito com ele.

— Ei, ei, ei! — Aurora repetiu a palavra várias vezes, tentando chamar a atenção do distraído James, não demorando a ganhá-la. — Olha o que a vovó me deu!

Euphemia riu. Já era a quarta pessoa a quem Aurora mostrava, e ela tinha certeza de que não seria a última. A menina estava tão feliz com aquele cordão que Euphemia se perguntava como ficaria se ganhasse uma caixa deles. Ah, com certeza Euphemia daria uma para ela!

— Estou vendo, princesa. — James sorriu para a menina, que retribuiu com um sorriso idêntico. — É um presente dado a todas as meninas da nossa família, sabia? Algo exclusivamente nosso.

Someone to Stay - Starchaser Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz