VOCÊ PERTENCE A MIM

Capítulo 39

Luiza Catarina

Duas semanas depois

Foi uma viagem maravilhosa. Coloquei meus pensamentos no lugar e comecei a elaborar minha vingança.

Na minha cabeça, é uma ideia inteligente derrubar o topo para deixar a base com medo. É exatamente o que estou fazendo. Falei com o Dominic sobre o seu presente e ele amou. Ainda não entreguei, tenho que falar com ela primeiro.

Logo depois de derrubar a cabeça, vou derrubar o resto, incluindo o pai da minha melhor amiga. Todos aqueles que votaram vão cair, e farei questão de entrar no lugar. Se os que restarem pensarem que o Fernando não vai me apoiar, lamento dizer que ele é totalmente meu.

Ele já havia me dito que eu era dele e que ele seria meu, mas essa última semana foi esclarecedora. Eu já sabia que poderia dominá-lo, mas não que ele estava 100% na minha mão.

Desço do carro e entro no galpão onde a querida Késia está. O lugar é sujo e fede; acho que para ela ainda não é o suficiente. Preciso deixar mais "aconchegante".

-Olha se não é a minha querida filha. -Entro e ela fala me olhando com ódio.

-Eu não sou sua filha!

-Eu sei, eu nunca te considerei querida, e sinceramente, deveria ter te matado. -Olho para a mesa que o Dominic montou.

-Acho que alguém vai sofrer muito. -Pego o minúsculo alicate.

-Você vai realmente deixar ele fazer isso? -Ela faz cara de choro.

-Você realmente envenenou o meu pai, você realmente destruiu a minha vida? Se a resposta for sim, pode ter certeza absoluta que o que eu mais quero é a sua morte! -Ela engole seco.

-O que você quer aqui? -Ele volta ao seu jeito normal, sem se esforçar em ser uma vítima; tenho certeza que ela é bipolar.

-Quem é Galego? -Ela sorri.

-É um homem que trabalha pro Fernando e pro James.

-Quero saber quem é ele.

-Ele também atende por James.

Eu me toquei nesse momento que tem dois James: o Rossi, que era melhor amigo do meu pai, e o outro que me contou sobre o conselho.

-Como não percebi isso antes... -Falo comigo mesma.

O Fernando já falou sobre ele e ele falou que o Fernando não era bom, mas porque ele estaria atrelado a Fabiana.

-O Galego é um cara fiel aos seus interesses e ele sempre consegue o que quer mesmo às custas do sofrimento de terceiros. -Ela diz.

-Eu também sou! Meu pai caiu porque, segundo você, ele era fraco. Eu não vou querer parecer fraca. -Devolvo o alicate e pego um bisturi.

-Você vai me cortar? Acabar com a graça do Dominic de me matar?

-Oh, querida, acho que você se esqueceu que eu sou médica. Consigo cortar várias partes do seu corpo onde ser que não irá morrer.

-Você não nega ser minha filha. Eu era como você, mas fui burra de não ter matado você antes. Quer saber porque eu não te matei?

-Quero! -Sorrio cínica, pegando uma cadeira e me sentando à sua frente, ainda segurando o bisturi.

-Não te matei porque eu te amava. -Ela começa a querer chorar e isso me irrita.

-CHEGA! Primeiro você me xinga, fala que me odeia, mais um monte de coisa e agora chora. Deixa de ser assim. -Aponto para ela. -Deixa de ser você.

-Eu só não te matei porque o Queiroz não deixou. Ele me autorizou a matar seu pai, mas você não. Inclusive me ameaçou para eu não te matar.