II.

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Estranheza.

Ué Karl, não entendi...

Será que eu fui grosso demais? Achei que estavamos brincando, mas enfim, eu não me importo com isso. Levantei do sofá e comecei a caminhar pelos arredores procurando entretenimento.

— Nick, corre cá. — Foolish me chama para um canto, encaro ele e decido ir até lá.

— Late cachorrão.

— Fiquei sabendo que o Spreen quer pegar seu precioso Karl.

Ué? MAS JÁ?

Nossa que moleque sem noção da porra, isso me irrita profundamente. Não podem ver uma oportunidade que já estão agarrando! A gente meio que terminou a menos de 3 meses, sei que já deu tempo o suficiente de seguir em frente, e ele pode muito bem pegar o Karl, afinal eu e ele já não temos mais nada.

Mesmo assim, é só o primeiro dia e já tem fofoquinha de quem quer ficar com quem? Enfia um no cu do outro e vão os dois para a casa do caralho.

— Meu nada, Deus que me livre. — Desconversei entre risadas, disfarçando um pouco da minha irá. — Aí, que o Spreen faça o que ele quiser Foolish, tô nem aí para esse argentino que tá mais pra Paraguai de tão falso que é. — Revirei meus olhos e dei de ombros.

Foda-se.

Eu tô bem.

Avisto Tina sentada no sofá, insistindo em abrir um pote de picles, ela é tão fofinha, não consigo deixar ela quase quebrar seu braço para abrir a embalagem.

— Deixa que eu abro para você, japonezinha. — Sento ao seu lado, tirando o pote educadamente da mão dela e abrindo com facilidade, ela solta um sorriso gentil de vitória e retribuo com o mesmo.

Um barulho de um vaso de plástico é ouvido do outro lado da sala, e olhando para lá, era Karl, parado, nos encarando de uma forma meio estranha.

Ele desengonçado pega a vasilha de enfeite do chão e coloca em cima da mesinha de canto novamente.

— Eh, eu vou...eu vou alí, então, é. — Ele coça sua cabeça de uma forma muito engraçada e caminha de pressa para a parte externa da casa.

— Então beleza...— Bufei entre rindo levemente. Isso foi estranho.

— Ele está com ciúmes, você não percebeu?

MAS ESSE POVO HEIN.

— Eu dúvido muito disso Tina, o Karl nem quando a gente namorava ele sentia ciúmes.

— Você não entende, ele não sentia na relação por que confiava em você. Agora que vocês não estão mais juntos, e podem fazer o que quiserem, ele está com claro ciúmes.

— Ah claro.

Porra, pior que isso faz sentido.

Eu também fiquei meio incomodado com essa história do Spreen, mas acho que foi apenas indignação.

— Então continua aí bobão, perdendo o homem que você ama pelo o que as pessoas vão achar. — Tina faz aquele comentário extremamente doloroso e volta para a cozinha.

Nossa, isso deu dor física no meu peito.

Eu não amo mais ele, e aprendi que amar é tudo, menos o que eu sentia por ele.

Quem ama, não tem medo de amar.

E eu sempre tive medo de amar Karl, amar demais.

Sufocar ele com todo o amor que tenho para oferecer.

✮ 𝐌𝚢 𝚋𝚎𝚊𝚞𝚝𝚒𝚏𝚞𝚕 𝚎𝚌𝚜𝚝𝚊𝚜𝚢.Where stories live. Discover now