Nota da autora (Sem alteração da obra original)
A tradição de casar de branco não é tão antiga quanto pensamos. Até meados do século dezenove, a noiva escolhia para o grande dia a cor de vestido que mais lhe agradasse, inclusive preto. Foi a jovem (e fantástica) rainha Vitória, do Reino Unido, que decidiu romper com algumas tradições. Ela não só pediu a mão do homem que amava em casamento (arrasou, Vitória!) como se uniu a Alberto por amor, prática incomum à época. A rainha Vitória cruzou a capela real do Palácio de St. James vestida de branco da cabeça aos pés, em fevereiro de 1840, lançando moda e originando assim a tradição do vestido branco.
Já a crinolina caiu no gosto popular em 1829 e atingiu o auge em 1850. Durante esse período, milhares de mulheres perderam a vida por causa do acessório em diversos tipos de acidentes, sendo a eletrocussão o mais frequente deles. A jornalista americana Amelia Bloomer, militante feminista, foi uma das primeiras a se dar conta dos riscos da indumentária e criou um movimento para a extinção da crinolina. Ela chegou a desenvolver uma espécie de tailleur que chegava até os joelhos, para ser usado por cima de calças bufantes, mas teve de abandonar a criação devido ao enorme assédio sexual que sofreu.
Outro ponto interessante é que, segundo a crendice popular, o futuro papai, vestido em seus melhores trajes, deveria dar sete voltas ao redor da casa se gurando uma galinha chocadeira para apressar o nascimento do filho. Todos os detalhes restantes (as esponjas, a pochete, a prática de flertes, a cabine de banho...) retratam a sociedade da época. E, assim como fiz em Perdida: um amor que ultrapassa as barreiras do tempo, fingi deliberadamente que a horrenda escravidão no Brasil jamais existiu.
E aqui nos encontramos de novo, leitor(a), na última página de um romance. Tudo o que posso desejar é que você feche este livro e volte para o mundo real, pronto(a) para viver um amor de conto de fadas, como o de Sofia e Ian. VALEU!
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KAMU SEDANG MEMBACA
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