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Park Jimin


O dia começa para mim como qualquer outro. Um dia ensolarado que, por mais que se tente, é impossível não o achar belo, mas para mim dias bonitos não significavam tanto. Escuto a voz animada da minha lobinha pulando em minha cama.

Me levanto indo até ela e sorrio cansado, pegando-a no colo, ela sorri animada olhando para mim. Seus cabelos desalinhados balançavam pelo vento suave que entrava pelas janelas, quem poderia imaginar que esse serzinho tão fofo fosse a minha filhota?

- O que houve minha lobinha? - olho para o rosto sapeca da minha filha que sorri, agindo como se não tivesse feito nada, mas sei bem que ela aprontou alguma coisa.

- Mãpa! - ela sorri animada - Tô fominha - fala dengosa passando a mão na barriga e eu rio. Ela tem a mania estranha de me chamar de Mãpa, a junção de mãe e pai, no começo estranhei, mas já aceitei.

- Oh, minha lobinha tá com fome já? - falo e ela sorri animada me abraçando com força enquanto eu passava a mão em seu cabelo.

Sou pai de Mia que tem quatro anos, eu a amo mais que tudo.

Um dia estava numa das missões de minha matilha quando a encontrei, não consegui largar aquele bebê, então, a peguei, tentei fazer com que meu bando a aceitasse, mas não aceitariam uma "intrusa".

Aquela menina me arrebatou de tal forma que não pude abandoná-la, recém-nascida e à mercê da morte. Desde então, tenho cuidado dela.

Depois de arrumar a pequena coloco-a para assistir desenhos enquanto preparo o café.

Sou um ômega lúpus, um tipo raro de lobo; a marca em meu peito mostra isso, que tenho um companheiro de sangue e alma. Existem lendas que diziam eu seria capaz de engravidar, realmente existem casos de ômegas grávidos, mas não acredito que seja realmente verdade. Dizem que deveria tomar cuidado por isso.

Me mudei da minha antiga matilha para dar mais segurança a minha bebê, vivemos em uma floresta, um lugar perfeito e discreto. De acordo com os mapas, a matilha que do Supremo alfa ficava a alguns quilômetros dali. Então, me manteria longe o suficiente, sem vizinhos, sem ninguém por perto, já que um ômega com uma filha chamaria a atenção.

Até o período de cio era maravilhoso já que estava longe o suficiente de qualquer matilha e se algum lobo de aproximasse fazia o possível para inibir o odor, não suportaria colocar a vida da sua pequena em risco.

Sonhava em encontrar seu companheiro, mas aquilo parecia um sonho distante demais, que nunca seria capaz de acontecer a si.

Mesmo que a marca em meu peito deixasse claro que existia alguém e apenas ainda não o encontrei, pedia todas as noites à Lua que esta pessoa aceitasse a minha princesa.

Escuto quando os vidros da janela são quebrados. Pisco várias vezes e corro até minha filha e pego-a no colo o mais rápido possível, precisava protegê-la de qualquer coisa, nada poderia acontecer a Bia, não iria me perdoar.

O que está acontecendo?

Penso, olhando para Bia que estava tão assustada que começava a chorar, olho para ela nervoso.

- Calma, meu amor, papai tá aqui - falo tentando acalmar a menina que chora pelos barulhos que faziam do lado de fora.

Não posso me transformar em lobo, não sem ter certeza de que minha princesa está bem.

Escuto os barulhos monstruosos vindo do lado de fora, isso me deixa mais nervoso. Pego o lençol rapidamente e enrolo minha filha, prendendo o lençol em mim e amarrando com o máximo de força que conseguia.

- Lobinha, você vai passear com o papai, se segure com força, tá bom? - falo pra ela que concorda com a cabeça.

Penso rapidamente em um plano quando eles começam a tentar invadir a casa, esses vampiros eram monstros modificados, seus corpos achavam-se em carne viva, tudo neles emanava morte.

Penso rápido e saio pela porta dos fundos, tentando sair discretamente, mas estava tão assustado que liberava meus feromônios do medo. Eles me notam e começo a correr pela floresta o mais rápido que conseguia.

Sinto algo me puxando e sou jogado de costas para uma árvore, tento ao máximo proteger minha pequena do impacto, agradecendo por ela estar agarrada ao meu peito.

Minhas costas doem e olho para o monstro a minha frente quando ele direciona a garra sobre mim, mas consigo desviar e continuo a correr. Mesmo que aquele ato me doesse paro quando estou cercado e olho ao redor.

Por favor, Lua... me ajude!

Peço com os olhos cheios de lágrimas segurando minha filha com força, não a entregaria com facilidade, antes disso teriam que me matar para que pudessem levar minha lobinha.

Fecho os olhos vendo aquele ser monstruoso à minha frente, pronto para atacar e acabar com a minha vida e a da minha lobinha. Queria poder me transformar, talvez assim seria melhor, poderia nos salvar, mas se fizer isso eles vão pegarão minha lobinha.

Quando um deles tenta atacar, cai no chão, pois andava para trás sendo surpreendido por um grande lobo pulando em sua frente; um lobo branco com detalhes em cinza e os olhos prata, ele atacava aqueles vampiros. Se abaixa perto de mim, ainda era absurdamente grande, e ele me olha como se quisesse me dizer algo.

- É pra subir em você? - pergunto, mas logo subo me agarro a ele enquanto ainda segurava Bia.

Logo, ele sai de lá correndo com os vampiros nos seguindo. Eu o abraço com força, mas estava protegendo minha pequena dos galhos, já que estávamos na parte mais densa da floresta, mas os galhos me arranhavam. Ele para somente quando chegamos em frente a uma grande mansão.

Isso parece mais um castelo...

Desço dele e vejo-o sumir antes que eu pudesse dizer algo, mas logo um homem volta... um homem absurdamente lindo.

- O-obrigado - eu tento falar, seus olhos de cor prata me lembram o lobo que me salvou, pisco várias vezes.

- Está machucado? Você está bem? - ele pergunta e eu nego com a cabeça. Ele me olha sem entender - Por que o lençol então?

Olho para mim mesmo, solto o nó e olho para a minha pequena que agora que me vê desata a chorar, seguro-a com cuidado.

- Calma, meu amor eu já tô aqui... calma - falo baixo e vejo outro homem se aproximar.

- Jungkook, aqui está você! Quer matar todos do coração homem? - ele começa a falar, mas quando me vê se cala.

- Obrigado por nos ajudar. Eu pensei que... ia morrer - falo e fungo me permitindo chorar, não sei por que aquele homem à minha frente que me salvou me dava a sensação de conforto.

Ele se aproxima de mim e me abraça me consolando, abraçando também a minha pequena, que quando nota a presença do alfa se joga para ele. Isso o faz se afastar, surpreso, mas por puro reflexo, ele segura a menina que tinha se agarrado a ele. Bia olha para ele com vergonha, mas abraçada a ele.

- Digado - minha lobinha fala olhando para o homem a quem abraçava, chorosa, mas calma.

- Está tudo bem. Jin, leve ele para dentro, você está machucado - ele fala.

- Eu... eu não tô - digo nervoso.

- Calma - ele diz - Eu sou Jungkook. Este é meu primo, Jin. Vamos entrar, aqueles monstros não chegarão até aqui - ele assegura e faz carinho em meu rosto. Eu mordo o lábio, concordando e olho para minha filha que tinha deitado a cabeça no ombro dele.

- Vem, vou cuidar de você - o tal Jin fala finalmente e ando seguindo-os.

O SUPREMO É O ÔMEGA  jjk+pjmWhere stories live. Discover now