O SUPREMO É O ÔMEGA jjk+pjm

02

Jeon Jungkook

Não sei o que deu em mim, eu até deixei aquele ômega subir em mim e o protegi. Ele tinha um cheiro doce de chocolate, não aguentei, não pensei muito, sequer notei o que estava fazendo.

Quando chegamos a minha casa, observo-o atentamente. Ele é lindo... e o seu cheiro só me dá vontade de trancá-lo em um quarto. Mas algo chama minha atenção, aquele lençol preso em seu peito... pensar que ele poderia ter se machucado deixava-o louco.

Porém, quando ele tira uma pequena menina dali que logo começa a chorar, eu não sei o que pensar e quando a escuto me agradecer, sorrio quase que imediatamente para aquela pequena.

Principalmente depois de a garota se agarrar em mim como se sua vida dependesse disso e o pior, eu aceitei tudo aquilo.

Jin tinha convencido o garoto a tomar um banho primeiro e depois cuidar das feridas. Logo, Jin estava de volta à sala enquanto a menina estava em meu colo, brincando com minha camisa.

- Me dê a garotinha - ele fala, sabe que não suporto crianças, mas olho para ele e rosno, então ele me fita sério enquanto a menina ri achando graça.

- Está louco, Jungkook? Você não é assim... rosnando para mim por causa de um bebê?! - ele reclama indignado.

- Fique longe! - digo e me sento no sofá, nem eu entendia isso. Observo a menina e ela ri, me olhando animada e não se afasta. Sinto vontade de sorrir para a menina, mas também para o cheiro que sentia do garoto, que agora estava em seu quarto tomando banho.

- Você achou? - Jin questiona - Você achou! - ele, agora, afirma e sorri.

- Não tenho certeza...

- Jungkook, te conheço há anos. Você nunca correu para salvar nenhum lobo... e ainda o deixou subir em você. Agora, está tranquilo com uma criança e ainda sorri bobo. Você falou com alguém e não foi para ameaçar, isso me diz muitas coisas, priminho! - ele pontua empolgado.

- Saia daqui! - mando e ele sorri e se afasta, saindo de lá enquanto ria animado.

Sinto aquele cheiro novamente... o cheiro dele. Meu coração bate forte e olho para ele.

- Desculpa incomodar e obrigado novamente por ter nos ajudado, não sei o que poderia ter acontecido - ele fala, se senta ao meu lado e chama a menina que logo pula para seu colo e eu observo calado - Eu sou Park Jimin  e esta é minha filha, Mia - ele se apresenta - Desculpa mesmo atrapalhar, Supremo.

- Oi - a menina fala com sua voz doce e deita a cabeça no ombro do pai.

Ele tem uma filha. Uma filha...

Olho para ele de soslaio.

- Como... sabe que sou o Supremo?

- Você é muito grande para um lobo comum e... é fácil saber – ele afirma em tom esperto – Preciso voltar pra minha casa.

- NÃO! - grito, só pensar nisso me deixa nervoso e um aperto envolve o meu corpo - Fique aqui, por favor - praticamente imploro e ele olha para mim.

- Não quero incomodar - Ele avisa com cautela.

- Para onde vocês vão? - falo sério.

- Pra casa - ele diz fazendo carinho no cabelo da menina - Aqui não é nosso lar, Mia precisa das coisinhas dela, não posso ficar aqui.

- Eu... posso comprar tudo - digo em um tom desolado, apenas pensar e vê-lo indo embora me fazia me sentir horrível.

- Eu... - Ele tenta falar.

- Jimin, você quer colocá-la em perigo é isso? Você viu que onde quer que esteja, não é seguro - falo e pisco várias vezes tentando achar uma boa solução - Fique aqui, a casa é grande e vou... separar um quarto para vocês dois.

- Mas... - Tenta falar - Como é seu nome? - ele pergunta e eu respiro aliviado por ele ter desistido de ir, eu espero...

- Jeon Jungkook - falo e olho para ele.

- Jungkook, eu preciso buscar as coisas da Mia e minhas próprias coisas também, já que você quer que a gente fique aqui - ele lembra.

- Eu vou com você - digo.

- Não precisa...

- Eu vou – decido firme e ele respira fundo e olha para a garota e depois para mim e depois suspira concordando com a cabeça.

- Por que... não se transformou quando foi atacado pelos vampiros? - questiono-o curioso.

- Se eu fizesse isso minha filha se machucaria, então eu tive que protegê-la, então... preferi não me transformar - ele fala e suspiro.

- Eu vou proteger vocês - garanto e seguro sua mão com certa força e ele me olha desolado. Abraço ele e Mia solta uma risada entre nós e eu me afasto e a observo sorrir para mim.

- Podemos ir agora? - ele pergunta e eu me levanto.

- Sim, vamos - falo e ele me acompanha até a garagem.

Olho para os carros e vou até a picape, abro a porta para ele que entra ainda segurando Mia. Acho que vou precisar de uma cadeirinha de criança pra idade dela... tem que ter uma né?

- Vamos passar na cidade primeiro - falo e ligo o carro e começo a dirigir. O silêncio era agradável, nós dois não falamos nada.

Da minha casa até a cidade demorava um pouco, Mia que estava sentada no colo do Jimin sorria animada, apontando para tudo do lado de fora, enquanto o pai conversava com ela animadamente, claro que eu não entendia quase nada do que ela falava.

Paro o carro na praça da cidade já que iríamos andar. Preciso comprar algo que não seja para fazer sanduíches... Sim, em casa só tinha ingredientes para sanduíche. O ômega olha para mim e desce do carro. Percebo os olhares em nós, mas não chegam a comentar alguma coisa.

Caminho até o supermercado com Jimin me seguindo, era agradável sentir o cheiro dele tão perto de mim, ouvir sua voz suave quando ele falava, mesmo que não fosse direcionada a mim.

- O que viemos fazer aqui? - ele pergunta e eu pego um carrinho e suspiro.

- Você vai querer comer... lá não tem nada - digo e ele sorri.

- Você sabe fazer isso? - ele me olha e eu olho ao redor um pouco perdido, sempre tinha alguém que poderia fazer isso para mim. Ele ri e quando escuto sua risada me viro pra ele imediatamente, em choque e surpreso, aquilo fez meu coração esquentar.

- Segura a Mia, eu faço isso - ele me diz me entregando a menina que seguro no colo e ela logo me abraça, deitando a cabeça em meu ombro enquanto seguimos o Jimin. Acho que ela tá com sono.

- Pode comprar coisas para você e Mia. - digo e ele sorri e volta a se concentrar nas compras.

Parecemos uma família. Sim, família.