Por favor, me esqueça

Capítulo 4

Há três coisas na vida que tiram a paz de Konrad.

Um, que zoem com a sua cara.

Dois, que toquem em seu brilhante carro vermelho.

E essa última, essa supera todas as outras.

Três, que mexam com a sua garota.

O jovem de cabeleira platinada ajeita o colarinho nervoso, as mãos tremiam e suavam, depois de semanas de repente alguém havia notado as suas mal encaras para com a senhorita Florian, e o pior é que ele não entendia como.

E Konrad, este parecia soltar faíscas pelo olhar como um touro furioso prestes a atacar.

— Como ousa.. — adverte, a criança o segura pela cintura.

O seu plano de convidada-la para sair dera errado pois sabia muito bem em que nível iria sair as fofocas dali.

Céus, Leonard estava ferrado, tanto que a voz saia trêmula.

— De-desde quando tá liberado as pessoas de fora assistirem a aula? — diz incrédulo para o seu colega de laboratório.

— Han? Do que tá falando?

— Não tá vendo esse punk? Esse cara me assusta, me assusta pra caralho.

As veias do pescoço pulsavam.

O pequeno garoto os encara perplexo enquanto tentava a todo custo conter Konrad em seus passos pesados.

— Cacilda! Ele tá nos vendo mesmo.

— Felizmente. — sorri falsamente. — Ho espantalho do fandangos! — chama, se livrando do menino.

— Estão olhando essa satura? É assim que se deve fazer...

— Tá achando que é quem ho palhaço? — O loiro franze a testa e aponta pra si. — É você mesmo, cavalo da carroça do faraó!

— Eu?

— Não, eu, abestado.

— Está tudo bem senhor Leonard?

— Não estão vendo isso? — a turma o encara estranho, Konrad cruza os braços cético.

— Bem vindo ao meu mundo, o sol já incendiou a fazendinha, carbonizou o bezerro e a vaquinha. — repele, com ironia.

Cômico, se não fosse sério.

— Como ele tá nos vendo?

— Sei lá, vai ver está morrendo, estando ou não ele vai morrer. — afirma.

— Acho que está estudando demais Leonard o que deu em você? — seu amigo espalha.

— T-tem razão. — diz confuso. — Eu vou tomar uma água... não, acho que vou pra casa.

Saiu assustado tomando total cuidado para não esbarrar em Konrad, em vão, o atravessou por um breve momento, e ele, Konrad deixou a decepção rolar outra vez.

O senhor James aproxima.

— Melhoras senhor Leonard, que Deus te guarde!

— Sim, e se esqueça onde. — Sibila Konrad, soltando o riso preso a medida que dava passos apressados, o assombrando em sua volta.

O paladar sujo de uma piada mal contada ou uma simples indireta? Leonard não sabia ao certo mas guarde bem essas palavras, pois um dia, algum deles iria precisar.

Continua...

É a coisa ficou feia para o seu lado Konrad, onde é que essa história vai parar? Para saber mais vote e comente ❤️