Capítulo 5

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Um soco certeiro.

Um homem temeroso e o fantasma o atravessando e caindo de cara no chão.

— Mas que mancada em. — o garoto zomba sorrindo.

— Cala a boca. — resmunga. — Que merda.

É claro que seria fácil demais pra ser verdade.

Os olhos do loiro iam e viam a medida que respirava fortemente olhando as suas próprias mãos.

— O q-que está acontecendo?!!

— Também queria saber. — Konrad se levanta estupefato. — Que merda é essa?

Leonard sai tropeçando, com medo e totalmente confuso em direção a saída.

— Talvez isso seja um sinal dos deuses. — o menino fala, admirado.

— Nem fudendo. — Konrad balbuceia.

— Pensa só, talvez eles estejam esperando que você a deixe e ela siga em frente.

— Puta merda!

Konrad Hyde entra em um poço de amargura, soca o punho no chão com força mesmo este não surtindo efeito algum.

Os olhos pesados, ele não estava pronto e sabia disso, um dia ela teria alguém... sim, porra mas não hoje, hoje não.

— Talvez depois disso ela melhore e você parte... espera, esse pode ser o seu assunto inacabado! De verdade agora!

— Já te disse alguma vez que te odeio, criança?

— Que amoroso de sua parte. — sorri.

Poderiam o chamar de egoísta, céus poderiam até chutar suas bolas.

Mas Florian e Leonard?

Eca.

Nem que sua certidão de nascimento fosse uma desculpa à fabrica de preservativos.

— Eu não vou entregar a minha garota para um idiota chamado Leonard. — lamenta.

E infernos, ela estaria mesmo assim por ele não ter partido pra outro plano? Isso nunca.

Estava encurralado.

Todas essas informações soavam barulhento demais em sua mente.

O garoto o cutuca.

— Será que é pra você ajudar a girafa ambulante a conquistar ela pra eles viverem felizes pra sempre na tal fazendinha verde?

— Cala a boca. — diz ressentido.

— Oi?

— Isso não é assunto seu. — a voz temerosa.

— Não acredito, você vai mesmo chorar? — sorri.

Levanta com cautela, e parte em direção ao extenso corredor, pela primeira vez tentando pensar em algo que não fosse Florian.

— Ei, pra onde está indo?

Konrad olha para trás em um aviso, e o menino assim fica o encarando, no grande e solitário hospital, sozinho.

Mas infelizmente...

O céu azul em contraponto ao tráfego das ruas e o barulho das crianças e cachorros brincando não foram suficientes para afugentar a mente conturbarda de Hyde.

Hoje definitivamente não era o seu dia.

Até mesmo chutando a pedrinha no chão que não moverá um milésimo.

Em duas ou três quadras dali a alta colina de casarões criava forma, e ele adentrava a primeira delas.

Uau, já fazia tempo.

E nada havia mudado.

Exceto a tinta nova.

— Vamos querida! Vamos nos atrasar!

— Já vou Dexter! — o homem bufa.

Konrad riu, nada mesmo mudou, nem mesmo a relação de seus pais.

Seguiu a voz e o som de poligem, na garagem seus olhos mal puderem crer ao se deparar com tal artefato.

A Ferrari vermelha.

Mas como?

— Puta merda. — sua boca aberta vilunsbrava o carro brilhando, Dexter movia o pano com suavidade e felicidade. — Que demais! — transbordava de alegria a rodopiando, até notar, não era o seu antigo carro.

Era melhor, muito melhor.

O novo modelo da Ferrari.

— Feliz aniversário filho. — falou Dexter com emoção, limpando as mãos no pano e olhando o automóvel em adoração.

Konrad morde o lábio.

— Caralho... cacete, foda, vai tomar no cu caralho eu adorei isso!!!

— Vamos Dexter! Eu já disse que estou pronta!

— Já vou! — com pressa, fecha a lataria.

No silêncio e no rumbro, Konrad choraminga.

— Obrigado pai.

Continua...

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⏰ Last updated: Apr 29 ⏰

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