Um soco certeiro.
Um homem temeroso e o fantasma o atravessando e caindo de cara no chão.
— Mas que mancada em. — o garoto zomba sorrindo.
— Cala a boca. — resmunga. — Que merda.
É claro que seria fácil demais pra ser verdade.
Os olhos do loiro iam e viam a medida que respirava fortemente olhando as suas próprias mãos.
— O q-que está acontecendo?!!
— Também queria saber. — Konrad se levanta estupefato. — Que merda é essa?
Leonard sai tropeçando, com medo e totalmente confuso em direção a saída.
— Talvez isso seja um sinal dos deuses. — o menino fala, admirado.
— Nem fudendo. — Konrad balbuceia.
— Pensa só, talvez eles estejam esperando que você a deixe e ela siga em frente.
— Puta merda!
Konrad Hyde entra em um poço de amargura, soca o punho no chão com força mesmo este não surtindo efeito algum.
Os olhos pesados, ele não estava pronto e sabia disso, um dia ela teria alguém... sim, porra mas não hoje, hoje não.
— Talvez depois disso ela melhore e você parte... espera, esse pode ser o seu assunto inacabado! De verdade agora!
— Já te disse alguma vez que te odeio, criança?
— Que amoroso de sua parte. — sorri.
Poderiam o chamar de egoísta, céus poderiam até chutar suas bolas.
Mas Florian e Leonard?
Eca.
Nem que sua certidão de nascimento fosse uma desculpa à fabrica de preservativos.
— Eu não vou entregar a minha garota para um idiota chamado Leonard. — lamenta.
E infernos, ela estaria mesmo assim por ele não ter partido pra outro plano? Isso nunca.
Estava encurralado.
Todas essas informações soavam barulhento demais em sua mente.
O garoto o cutuca.
— Será que é pra você ajudar a girafa ambulante a conquistar ela pra eles viverem felizes pra sempre na tal fazendinha verde?
— Cala a boca. — diz ressentido.
— Oi?
— Isso não é assunto seu. — a voz temerosa.
— Não acredito, você vai mesmo chorar? — sorri.
Levanta com cautela, e parte em direção ao extenso corredor, pela primeira vez tentando pensar em algo que não fosse Florian.
— Ei, pra onde está indo?
Konrad olha para trás em um aviso, e o menino assim fica o encarando, no grande e solitário hospital, sozinho.
Mas infelizmente...
O céu azul em contraponto ao tráfego das ruas e o barulho das crianças e cachorros brincando não foram suficientes para afugentar a mente conturbarda de Hyde.
Hoje definitivamente não era o seu dia.
Até mesmo chutando a pedrinha no chão que não moverá um milésimo.
Em duas ou três quadras dali a alta colina de casarões criava forma, e ele adentrava a primeira delas.
Uau, já fazia tempo.
E nada havia mudado.
Exceto a tinta nova.
— Vamos querida! Vamos nos atrasar!
— Já vou Dexter! — o homem bufa.
Konrad riu, nada mesmo mudou, nem mesmo a relação de seus pais.
Seguiu a voz e o som de poligem, na garagem seus olhos mal puderem crer ao se deparar com tal artefato.
A Ferrari vermelha.
Mas como?
— Puta merda. — sua boca aberta vilunsbrava o carro brilhando, Dexter movia o pano com suavidade e felicidade. — Que demais! — transbordava de alegria a rodopiando, até notar, não era o seu antigo carro.
Era melhor, muito melhor.
O novo modelo da Ferrari.
— Feliz aniversário filho. — falou Dexter com emoção, limpando as mãos no pano e olhando o automóvel em adoração.
Konrad morde o lábio.
— Caralho... cacete, foda, vai tomar no cu caralho eu adorei isso!!!
— Vamos Dexter! Eu já disse que estou pronta!
— Já vou! — com pressa, fecha a lataria.
No silêncio e no rumbro, Konrad choraminga.
— Obrigado pai.
Continua...
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Por favor, me esqueça
HumorO namorado de Florian Prunella está morto, é claro isso é o que ela achava.