ℌ𝔞𝔭𝔭𝔶 𝔅𝔯𝔦𝔯𝔱𝔥𝔡𝔞𝔶, 𝔇𝔞𝔡𝔡𝔶!

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            Hoje papai comemora 56 anos de vida, mais de um século e está no auge da sua juventude bizarra. O castelo está cheio de gente, empregados decoram a propriedade com flores e luzes. Hermyone e eu acabamos de voltar de nosso passeio erótico no jardim, que tivemos de interromper por causa dos meus tios que por pouco não pega Hermyone chupando meus peitos entre os arbustos gigantes do papai. Entramos juntas no castelo e assim que nos vê, vovó trota como uma rinoceronte furiosa, em nossa direção e acerta Hermyone com um tapa inesperado no rosto, isso faz com que meu queixo caia.
       — O que é isso vovó? Ficou maluca? — seguro seu punho e a empurro para longe da minha Hermyone.
         — Putas! Eu deveria bater nas duas, estão fodendo escondidas, não é? Eu sabia, mas prepare-se Hermyone que assim que essa festa acabar eu estou decidida a contar tudo que sei sobre você ao meu filho e não importa se vai contar a ele o que sabe sobre mim, não importa. Seu objetivo de acabar com essa família, já era! Nem que Howard me interne num sanatório depois, nem que ele me desdenhe e me odeie por toda a sua vida, eu vou contar a ele tudo que sei!
        Hermyone massageia o rosto, esbanja um olhar matador em vovó. Empregados passam por nós com mesas e cadeiras indo para o salão de festas, mas não ousam olhar para nós. Hermyone espera que eles se afastem, rumando para o extenso corredor no térreo, para dizer:
        — Eu avisei você, Odette, eu avisei para ficar fora do meu caminho! — Hermyone aponta o dedo para ela.
       — Ah claro, claro, você é perigosa não é mesmo, mas esse roteiro de filme ruim eu já conheço, sei do que você é capaz, Hermyone, eu sei, eu já vi.
        Franzo meu cenho, estou tendo uma oportunidade de esclarecimento bem em minha frente.
        — Já viu? — pergunto.
       A raiva da vovó faz com que ela ignore minha pergunta:
       — Mas você não me mete medo! Pode vir, eu quero mesmo que me mate, eu duvido que você me mate do mesmo jeito que matou os outros!
      Outra vez:
       — O que? — mas que droga está acontecendo aqui? Finalmente vovó me dá o dissabor de seu olhar.
       — Foi ela, Ada, foi ela quem matou Ernest, meus irmãos, as esposas e os filhos deles, ela arquitetou tudo para parecer acidente ou causas naturais.
       Meu queixo cai, olho para Hermyone, mas não do jeito que vovó espera, estou fascinada. Se foi ela quem matou aquele bando de inúteis sem gerar suspeitas do meu pai, eu vou amá-la para sempre.
      — É verdade? — pergunto, sorrindo.
      O olhar de soslaio de Hermyone me atinge.
      — Não!
      Vibro porque sinto que é mentira e continuo sorrindo.
     — Fantástico!
      Vovó olha para mim.
       —  Você será a próxima, Ada, mas eu duvido muito que se importe com isso, se ela te levou para cama é capaz de você e ela estarem juntas nesse plano macabro.
      Cruzo os braços, espremendo meus peitos doloridos por causa das chupadas que Hermyone deu neles,  minutos mais cedo.
      — Você não tem coisa melhor para fazer além de ficar inventando histórias? Vai procurar um pé rapado pra chupar sem dentadura, velhota, eu não vou deixar você colocar coisas na cabeça do papai pra que ele me deserde. Uma palavra sobre o que desconfia de mim e Hermyone e eu mesma te mato!
       Vovó nega com a cabeça, seus olhos opacos me condenam.
       — Com as coisas que está acontecendo, a herança que seu pai te prometeu, é o menor dos meus problemas, criança inútil. Hermyone Blanc, veio acabar com essa família, estou dizendo!
      Hermyone enfrenta o olhar ácido da minha avó.
       — Eu não vou discutir com você, quer me odiar, tudo bem. Você quer falar para o seu filho porque você odeia tanto a futura esposa dele, ok! Eu posso chamá-lo agora mesmo se quiser e então veremos quem tem mais a perder nessa história!? — ela insinua e vai para a escada que dá para o segundo andar.
       Nega com a cabeça, só assim  noto o quanto vovó está ficando velha, a pele se seu rosto cai como meias velhas nas bochechas e olhos.
       —  Francamente, agora vejo, fruta podre nunca cai longe do pé. — diz ela me secando de cima para baixo. — imagine o que seu pai vai pensar?
      Sim, papai e eu sofremos do mesmo mal, somos loucos pela mesma mulher, mas a vovó não deve se meter nisso.
       — Pouco me importa o que você e ele pensam, gostaria que fossem os dois para o inferno para que eu possa viver a minha vida realmente como quero, sua puta velha! — minha avó tenta me acertar com um tapa na cara, mostro a ela que pode ter pego Hermyone desprevenida, mas eu não, seguro seu pulso dela antes que sua mão atinja meu rosto e enfrento seu olhar mais de perto. — toma cuidado com o que faz vovó! Eu não sou mais a garotinha que você costumava torturar. Eu cresci, estou mais forte que você. E eu sei que você me conhece o suficiente pra saber que eu sou capaz de fazer com você caso me fira outra vez. Talvez eu seja muito mais parecida com o meu pai do que você imagina! — jogo sua mão para longe de mim e saio atrás de Hermyone.
         — Disso, não se há duvidas!

Her-má-froditt (Thriller erótico)+18Where stories live. Discover now