Le Forte

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Cinco meses. E uns dias.

Eu nem estou com cara ou humor para escrever um capítulo inteiro de desculpas, sabe? Não pela terceira vez. Quem estiver lendo, obrigada. Quem ainda estiver aqui desde Corona I e está esperando até hoje o prosseguimento da história, obrigada. Quem se lembra, obrigada. Obrigada mesmo. Não mereço vocês.

A vida é complicada e uma merda. Tive um final e início de ano infernal. Me mudei para o Rio de Janeiro (olá, alguém por aqui?) e comecei a trabalhar. E queria muito, muito menos, voltar a escrever. E eu fiz. Finalizei esse capítulo que estava 90% completo por quase meio ano. E finalmente, só no finalzinho, sinto que voltei a sentir o gosto e porque me apaixonei tanto por tudo isso: por esse universo, por esses personagens, por essa trama. Eu reli alguns capítulos do final de Corona II e início de Corona III uns dias para trás, juntando todo o o gás possível para me motivar e, caramba, que gás!

Que história boa, meus amigos e amigas e amigues - camaradas de todas as esferas e maneiras. Eu amo essa história. Eu amo de verdade. E tenho tantas coisas grandiosas preparadas para ela que, mais uma vez, me recuso a deixar isso passar. Tenho um compromisso: comigo, com vocês, com a Mal. E irei honrá-lo - ou Lagrum vem atrás de mim.

Enquanto vocês leem, vou aproveitar para responder alguns comentários, que tal? Eu ainda amo ouvir vocês. 

Sem mais delongas, sejam mais uma vez bem-vindos a Corona. Desta vez, eu espero, por definitivo. 

Mal feito, mais que feito.

Nox!

Eu espero que ninguém tenha dúvida sobre quem chegou primeiro ao lago.

Foi Draco, aliás.

Eu tinha desculpas e defesa, mas quem se importava? Derrapei na grama macia e fofa apenas alguns segundos depois dele, que corria tão rápido que só parou quando seus pés já tinham chegado na água. O garoto estava ofegante, com o cabelo bagunçado e os olhos mais brilhantes que eu já tinha visto. O tipo de brilho que vi apenas no fundo, em alguns momentos de Hogwarts. Geralmente conosco sozinhos, já que Malfoy sempre guardava seu melhor para quando ninguém estivesse vendo. Lá estava, então. A criança. O menino de treze anos que apostou uma corrida boba e estava muito, muito feliz de ter vencido. Seu rosto estava corado e a boca aberta, puxando o ar em grandes quantidades para os pulmões.

— Você parece cansado, Malfoy — chiei para fora, apoiando minhas mãos nos joelhos. Meus lábios torceram por um sorriso na derrota, prontos para dispararem apenas alguns golpes amigáveis. — Se eu não te conhecesse, acharia que colocou bastante esforço nisso, quase como se achasse que não fosse vencer.

— É muito bom que você ainda tenha algum pensamento coerente nesse seu cérebro com pouco oxigênio, então, para reconhecer a grande mentira que isso seria — me devolveu, rebatendo a provocação com a facilidade e elegância que eu esperaria dele em qualquer momento. Era tudo esporte, era tudo fachada, pois ele não tinha problema nenhum em mostrar seus ombros subindo e descendo pelo esforço da corrida e eu podia ouvir seu coração disparado. Então olhou para a água, uma ideia e um sorriso acendendo como o sol acima de nós. — Você sabe nadar, não é?

Foi uma manhã magnífica. Draco e eu passamos mais da metade dela no lago. Estava de dia, agora, e eu pude ver melhor como o lugar era quase encantado, vindo direto de um livro infantil. Era uma clareira espaçosa e natural, com o lago que parecia ainda mais prata-líquido na luz se estendendo de forma generosa. Apesar da cor, Draco não pareceu nem um pouco preocupado em mergulhar nele e, debaixo dele, o lugar era cristalino e fundo, com uma margem rasa que ia se perdendo. As árvores ao redor eram de folhas abundantes em suas sombras frescas, com flores graciosas e bonitas nos circulando. Não era isolado, porém, havia até mesmo um caminho de pedras e um conjunto de mesas e cadeiras como de piquenique do outro lado que nos sentamos.

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⏰ Last updated: Apr 22 ⏰

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Corona IIIWhere stories live. Discover now