Capítulo 9

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A noite envolveu a mansão da Tereza em seu manto escuro, transformando o jardim num cenário de mistério e suspense. João Victor e Marina, mergulhados na intimidade da noite, compartilhavam um momento fugaz de paixão quando o tom da cena mudou abruptamente. Marina, com uma expressão séria que cortava o ar noturno, empurrou João Victor suavemente, rompendo o beijo num instante.

— Você ficou maluco? Quem você pensa que é para me beijar assim? —, suas palavras tinham um peso carregado de indignação.

João Victor, com um sorriso confiante nos lábios, tentou minimizar a situação com um toque de arrogância.

— Relaxa, foi só um beijo... muitas mulheres dariam qualquer coisa por um momento comigo.

Os olhos de Marina brilharam com uma mistura de incredulidade e determinação.

— Pode ser, mas eu não sou uma dessas mulheres que se rendem tão facilmente.

O sorriso de João Victor se alargou, admirando a postura desafiadora de Marina.

— Você é diferente, e eu gosto disso. Gosto do desafio que você representa.

Marina, agora com um sorriso matreiro nos lábios, preparou uma surpresa que ecoaria na noite. Com um movimento rápido e preciso, ela desferiu um tapa certeiro no rosto de João Victor.

— Espero que tenha gostado dessa resposta.

Ela se afastou com elegância, deixando João Victor atônito, tocando levemente o lugar onde o tapa ressoou. Ele permaneceu ali, absorvendo a intensidade do momento, enquanto a noite testemunhava os jogos de poder e desejo que se desenrolavam na mansão da Tereza.

A noite se desdobrava na imponente mansão da Tereza, com os segredos sussurrando pelas paredes e os corredores silenciosos guardando mistérios antigos. Joana, com um sorriso caloroso pintando seus lábios, observava atentamente Vitória e Tomás na elegante sala de estar, iluminada por suaves lampejos de luz.

— Que prazer revê-los após tanto tempo, especialmente você, minha querida amiga Vitória! —, disse Joana, seus olhos brilhando com genuína alegria.

Vitória, surpresa pela presença de Joana ali, respondeu com um misto de emoções.

— Eu não fazia ideia de que você havia retornado para morar com sua mãe.

— Sabe como é, aqui é meu lugar! —, afirmou Joana, orgulhosa e determinada em sua decisão.

— O tempo foi gentil contigo, Joana. Você continua tão radiante quanto sempre foi — acrescentou Tomás, com um sorriso amistoso.

No entanto, o clima ameno logo deu lugar a uma tensão palpável quando Vitória, subitamente, levou a mão à cabeça e dirigiu um olhar preocupado a Tomás.

— Amor, me segura... estou me sentindo muito mal! —, exclamou antes de desfalecer nos braços de Tomás.

O desespero se refletiu nos olhos de Tomás enquanto ele a segurava com firmeza, pedindo desculpas aos presentes antes de sair às pressas da sala em busca de ajuda médica para Vitória. Joana, já ao lado de Tereza, não pôde conter suas suspeitas.

— Isso tudo é um teatro dela, mãe. Tenho certeza de que Vitória está escondendo algo.

— Percebo o mesmo. Mas se Vitória esconde algo, você também guarda segredos, minha filha — concordou Tereza, com um olhar perspicaz.

Joana, tocada pelas palavras da mãe, ficou em silêncio por um momento, deixando um véu de mistério pairar no ar antes de se levantar do sofá e sair da sala, sua mente repleta de questionamentos e dúvidas. Logo após a saída de Joana, João Victor adentrou a sala com um ar tranquilo, cumprimentando cortesmente Tereza.

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