Por Dentro II

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Já não há mais tanta dor assim.

Já não há mais tanta impotência.

Já não há tanto desamor...

Curei-me de algumas feridas.

Outras abriram-se.

E algumas cicatrisaram.

Mas ainda há.

Deixe-me levar algumas vezes.

Deixe-me ficar muitas vezes.

De nenhuma delas me arrependo.

Continuam sendo vivências...

E ao tentar olhar para dentro. Para o intimo de meu ser. Já não bato com a cara na porta. Pois já há demasiadas brechas. Abertas por todos que passaram por mim e deixaram um pouco de si. E por todos os demais que não deixaram nada. Apenas passaram... apenas surgiram... e apenas foram embora...

Não culpo quem se foi.

Não culpo à mim por ter permitido que fossem.

Não há culpa.

Apenas fases.


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