48

7.4K 466 56
                                    

Elisa

(Um mês depois)

Olhei para o rosto do Théo que me encarava com uma expressão irredutível.

— Não adianta me olhar feio, Théo - falo cruzando meus braços.

— Já conversamos sobre isso Elisa você não vai trabalhar mais - Théo diz parado na frente da minha mesa.

— É claro que eu vou - falo como se o que ele disse fosse uma piada.

Onde já se viu eu parar de trabalhar?

— Não estamos em discussão Elisa já disse que você não vai trabalhar mais - ele diz apoiando suas mãos na minha mesa.

— Justamente por não estarmos em discussão que eu falo que eu não vou parar - falo encarando seus olhos.

— Elisa não me faça te levar a força - ele diz com a expressão séria.

— Vai ser o único jeito de me tirar daqui - falo cruzando minha pernas.

Théo bufa irritado e marcha de volta para sua sala, eu sei que essa batalha eu já consegui.

(...)

Ajeito os meus saltos em meus pés.

Eu sei que não é recomendado usar tantos saltos ainda mais com os pés inchados, mas eu não consigo trabalhar sem um salto, acho que acabei me acostumado com eles.

Bom dessa vez é um baixinho para não apertar tanto meus pés e para o Théo não perceber.

Me levanto da minha cadeira com uma pasta em mãos, em passos firmes caminho até o elevador o chamo pronta para ir almoçar e rever alguns arquivos.

Quando entro no elevador eu não deixo de admirar minha barriga.

Com uma mão eu seguro a minha pasta e com a outra eu acaricio minha barriga que já está querendo mostrar que tem um bebê ali.

Sorrio encarando meu reflexo no espelho.

Quando a porta do elevador se abre eu me apreço em sair dele.

Sinto meu corpo se chocar com o de  alguém e eu levanto meu olhar para a pessoa.

— Ah me desculpe - falo encarando o homem que abaixa um pouco a cabeça.

Ele não diz nada apenas me encara por de baixo do seu boné.

Que homem estranho.

Não prolongo muito e volto a andar para fora da empresa.

Quando estou próxima de atravessar a rua meu celular toca e eu paro na calçada para o atender.

— Alô, mãe? - falo assim que atendo.

— Minha bebê como você está? - ela pergunta e eu sorrio.

Olho para a rua e vejo que o semáforo está fechando então atravesso ela enquanto falo com minha mãe.

— Estou bem mãe não se preucupe - respondo olhando para qual restaurante eu vou.

Noivos de Fachada Where stories live. Discover now