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"Ele abre minha porta
e eu entro no carro dele
E ele diz: "Você está linda está noite"
E eu me sinto perfeitamente bem
Mas sinto falta de gritar,
brigar e beijar na chuva
São 2 da manhã e estou amaldiçoando seu nome
Tão apaixonado que você aje como louco
E esse é jeito que eu te amo."

Walker Bennet.

Eu senti meu coração acelerar de novo e minhas mãos suarem, minha perna tremia tanto que eu não conseguia controlar, não tinha força nem vontade de olhar pro lado de fora do carro, ouvi apenas algumas palavras abafadas e logo a porta do motorista se abriu, Steve entrou no carro e deu partida, sem dizer nada.

Depois de alguns minutos de estrada Steve estacionou o carro num tipo de garagem aberta e se virou pra mim.

— Me fala a verdade, ele te fez alguma coisa? — Steve me perguntou em um tom sério, sua voz fez meu corpo todo tremer, ele parecia realmente irritado.

— Não, ele não fez nada, a gente só ia conversar mas, acho que não é o momento. — Eu o respondi sem olhar no seu rosto, minhas pernas ainda tremiam muito.

De repente sinto uma mão quente e grande na minha coxa, eu dei um leve pulo de susto e minhas pernas obrigatoriamente pararam de tremer.

Eu levantei o olhar, um pouco assustado e vi Steve me olhando, ele tinha um sorriso fechado simpático no rosto mas também mantinha aquele olhar irritado.

— Relaxa, seja o que for que você e o Barton tem pra conversar vai ser resolvido na hora certa, só não deixa ele te pressionar. — Ouvi aquela sua voz irritada se tornar calma e doce de novo, assenti com a cabeça e desci o olhar pra sua mão que ainda estava na minha coxa.

— Ele não me pressiona, só tem o temperamento forte, acho que você sabe, convive mais com ele do que eu. — Eu respondi sem tirar os olhos da sua mão.

— Mais ou menos, apesar de trabalhar do meu lado o Barton nunca foi muito de ser meu amigo, mas isso dele ser esquentadinho eu sei sim. — Steve falou de um jeito descontraído, eu soltei uma risada abafada, involuntariamente.

Um silêncio se instalou por alguns segundos, Steve teve uma atitude repentina de apertar minha coxa antes de voltar com as duas mãos no volante e dar partida no carro novamente. Eu realmente não entendi isso, mas também não me senti incomodado o suficiente pra reclamar, então só continuei em silêncio.

— Você e ele eram bem próximos né? Eu lembro. — Steve quebrou o silêncio. — O que aconteceu depois disso? Vocês não se falam mais como antes.

— Muita coisa, eu não gosto de falar disso. — Eu respondi e ele assentiu com a cabeça, mostrando entendimento.

— Qualquer coisa você pode me falar, sabe disso né? Nós também não somos tão próximos mas sei que você é uma pessoa legal, então conta comigo. — Steve conversava comigo mas mantinha os olhos presos na estrada, o que o deixava meio atraente.

— Agora eu sei, valeu, você pode contar comigo também se quiser, apesar que eu acho que eu sou muito fraquinho pra ajudar o Capitão América. — Eu olhei direto pra ele, tentei retribuir o tom descontraído que ele falava e percebi que funcionou quando ele soltou uma risadinha nasal.

— Que nada, eu adoraria receber seus concelhos, ou qualquer outra ajuda sua. — Ele olhou pra mim repentinamente e eu senti minhas bochechas queimarem de novo.

LITTLE HAWK ー Clint BartonWhere stories live. Discover now