PUNISH ME || VEGASPETE [+18]

2 | Punish

Agressividade.

Uma das coisas que mais amo num homem, principalmente quando vem de um policial extremamente gostoso.

Não importa qual seja sua intenção ao agir de tal forma. Para mim, não faz diferença se o objetivo é me ferir ou me dar prazer. Porque mal sabem que a dor me excita absurdamente.

Por isso, solto um gemido manhoso quando recebo dois tapas com força contra o meu rosto, provavelmente avermelhando ainda mais minha bochecha. Minhas coxas desnudas já possuem diversos arranhões enquanto estão amarradas por uma corda vermelha.

Mas vamos com calma! Não posso simplesmente começar a narrar daqui, sem explicar a vocês como acabei amarrado e de joelhos para Vegas, que segura um cacetete e olha fixamente para mim. Tudo tem um contexto, e é minha obrigação dizer o que aconteceu para chegarmos a esse momento incrível.

— Entra logo! — Vegas me empurra até a cela provisória na pequena e patética sala da delegacia. Ao me colocar aqui dentro, não hesita em fechar e trancar o mais rápido possível, ainda que eu já deixe claro não ter ânimo nenhum para tentar fugir.

— E vamos para a parte final e mais entediante disso tudo — falo com a voz desanimada, revirando os olhos. Apenas agora noto a ausência de pessoas aqui. — Ué, Kinn e Porsche não vieram trabalhar hoje? Devem estar transando, com certeza.

— Hoje é só o meu dia de virar a noite, por isso não vieram — ele responde sem interesse algum, sentado e folheando uma revista. Porém, meu último comentário o faz franzir o cenho e me olhar em frustração. — Por que insiste que eles estão transando? Que cisma é essa com eles dois?

— Nunca viu a forma que eles se olham? Meu amor, eu só passei seis noites aqui com eles e consegui perceber o óbvio! Você convive com os dois todos os dias e não enxerga isso. Pois é, bem que dizem que homem gostoso demais é burro.

— Quer parar de falar besteira?! Você só sabe agir feito criança! — Vegas bate na mesa com força e me fuzila com o olhar. — Seus pais não te educaram, não? Te faltou umas palmadas, não é possível!

— Você pode me dar umas, se quiser. — Abro um sorriso malicioso, vendo-o engolir em seco por um momento. — Pode bater na minha cara também. Diferente de muitas pessoas, gosto da dor. Então pode fazer o que meus pais não fizeram e bater em mim. Se diz que isso vai resolver, então me eduque do seu jeito.

— Só cala a boca, pelo amor de Deus — Vegas resmunga e se vira para a frente mais uma vez. Parece realmente estar lendo a revista em suas mãos, concentrado no assunto, seja lá sobre o que diz.

— Você é engraçado. Diz que me faltou educação, mas quando surge a oportunidade, pula fora. Eu esperava mais de você, policial. É tão medroso assim?

— Eu só quero que dê a minha hora de ir embora logo e não ter que olhar mais para a sua cara. — Suspira pesadamente e torna a olhar para a revista em suas mãos.

— Claro, já que você não tem coragem o suficiente de agir feito um homem de verdade e cumprir com o que fala — decido provocá-lo tocando na ferida que atinge a maioria dos caras, principalmente tipos como o dele. É óbvio que isso o incomodaria, tanto que foi por isso que disse em voz alta.

Estou entediado e quero me entreter da melhor forma possível.

Minha frase realmente o incomoda, já que ele amassa as páginas que está segurando sem dó e enrijece seu corpo. Provavelmente está com uma cara feia, mas não consigo ver, porque ele está de costas para mim esse tempo todo. Se ao menos virasse mais uma vez seu rosto para eu me deliciar com sua expressão brava...