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HEATHER WILLIAMS

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HEATHER WILLIAMS

— Você não parece bem.

Olho na direção da voz melodiosa, surpreendendo-me. Meus olhos encontram os olhos tempestuosos de Jasper Young. Fico perdida quando o loiro me aborda no refeitório de repente.

Ele só veio pegar algo pra comer, sua tapada, penso, voltando a me concentrar na fila da cantina que se estica na minha frente.

— É impressão sua — coloco uma gelatina de limão na minha bandeja e ele puxa uma de uva, franzindo o nariz com desgosto. Não lembro de antes ter visto ele comprar qualquer coisa aqui. Ou sequer comer. Jasper não parece o tipo de cara que come no colégio. Ele vai a restaurantes chiques e se diverte com pratos caros. — E, caso não saiba, quando se aborda alguém, é normal que se diga "olá" ou "bom dia" para iniciar uma conversa. Eu prefiro, sabe, a ser chamada de acabada logo de cara.

— Não disse que está acabada, mas ok. — Ele sorri um pouco. — Vou lembrar disso da próxima.

— Podemos tentar agora — sugiro. Ele levanta a sobrancelha, querendo saber se eu falo sério. Dou de ombros, o deixando pensar o que quiser. Jasper bufa, irritado. Abro um sorrisinho.

— Bom dia, Williams. Você não parece bem.

— Bom dia, Young! É impressão sua, querido!

Ele sacode a cabeça.

— Queria te avisar que concluí o nosso trabalho — ele diz, me acompanhando de perto. Mordo o lábio. Não estou com cabeça para discutir, ainda mais por pouco. Estou mais preocupada com o que Chloe me disse mais cedo.

— Certo. Muito obrigada por avisar.

Ficamos calados ao nos aproximarmos lentamente do caixa.

— Não vai brigar?

— Se o trabalho estiver feio, eu brigo, não se preocupe com isso — sorrio para ele por cima do ombro. — Vou arrancar seus cabelos se tiver mudado o cabeçalho de lugar.

— É óbvio que não está feio, eu sou perfeccionista, esqueceu?

— Perfeccionista é sinônimo de talentoso? — provoco. O loiro revira os olhos, uma das únicas pessoas na fila que não está com uma bandeja marrom em mãos. Encho a minha para duas pessoas, já que Chloe está tendo um dia ruim, me sinto obrigada a agradá-la. Quero explicar isso para ele sem parecer idiota.

"Eu não vou comer tudo isso sozinha, tá bem?" diria. Mas quem se importa como que ele pensa? Não sou obcecada por ele e não tenho que impressioná-lo.

— O que foi isso? — ele pergunta e me tira do meu breve transe, apontando com a sua gelatina. Ele está olhando meu pulso.

— Hã, nada demais. Culpa do meu sonambulismo — puxo a manga do casaco para cobrir os arranhões, me xingando em seguida por não ter falado a desculpa do gato. O loiro parece intrigado. — Faço coisas estranhas quando tenho esses episódios. — Resumo, envergonhada.

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