➤ Capítulo 11!

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📍Boston | 2017

Ela ficou parada diante do comando de Christopher, com as palavras entaladas na garganta. Ele estava na porta de sua casa, com uma cara tranquila, estendendo o capacete e sem se mover um centímetro para longe.

— Isso é quase uma perseguição. Você sabe, não sabe? — Scarlett apertou os lábios.

— Acho que sei, mas, sério… isso realmente é relevante? — ele riu desviando o olhar para a gata se esfregando entre as pernas dele — Oi, gracinha. Qual o nome dessa linda?

— Fort — respondeu baixo.

— Acho que a Fort gostou de mim, escuta esse ronronar — Chris acariciou a cabeça com pelos brancos e recebeu o sonoro de agrado vindo do animal — Olha só.

— Que traidora… — resmungou Scarlett, vendo a gata começar a amassar pãozinho quando Christopher a pegou no colo.

Fort não costumava ser tão receptiva, ainda mais com homens, então ela estranhou com o fato da gata estar toda melosa com a presença de Christopher. Mesmo de testa franzida, Scarlett continuou assistindo seu bichano miar na cara de seu aluno invasivo.

— Podemos levar ela se você quiser e ela não se importar de ficar no bolso da minha jaqueta — ele sugeriu contente.

— O quê? Claro que ela não vai — ela tomou Fort do colo dele e a deitou no sofá, no meio da coberta.

— Então acho melhor você agilizar, Scarlett. Quanto mais tempo fico aqui fora, mais fico com fome e sede e seria muito desumano da sua parte negar um copo de água e abrigo enquanto eu espero você ficar pronta — balançou a cabeça em negativo.

— Ou você pode simplesmente ir embora — rebateu curta.

— Nós dois sabemos que isso não vai acontecer. E você sabe que é justo, apenas eu não pude conversar com você sobre a apresentação hoje.

— Não podia esperar até amanhã? Antes tinha concordado.

— Mudei de ideia, eu poderia esquecer algumas ideias geniais que estou montando.

— Mas…

— Estou ficando de garganta seca, Scarlett…

Ela respirou fundo, o encarando profundamente. O olhar pesando porque ele seguia observando o visual dela. Parece que até as porras de camisetas de dormir tinham que ter alguma ligação com ele.

Contra sua vontade, se afastou da porta e foi em direção ao quarto, procurando um casaco e uma calça para colocar. E… merda! Ela estava sem calças quando ele chegou?  

Fugindo disso e se refugiando no contexto de que o objetivo ainda era profissional, Scarlett colocou um sutiã e uma calça jeans, além de um casaco quentinho e um tênis comum.

Ao pisar na sala, viu Christopher analisando sua sala com as mãos nos bolsos da calça. A estatura alta dele preenchia bem a sala que parecia grande para Scarlett mas que ao lado dele, era quase apertada. A cada passo que ele dava para perto, mais Fort miava, implorando por um carinho.

— Sua casa é exatamente como pensei que seria — ele comentou, tocando um ursinho de pelúcia de peixe que era usado como almofada.

— Não queira saber como acho que você vive — ela cruzou os braços — Não me lembro de ter te convidado pra entrar.

— Não? Porta aberta não é um convite óbvio? Desculpa, achei que era.

Ela revirou os olhos e apagou as luzes, indicando que Christopher saísse, que ela trancaria. Por mais que ele tenha entendido o recado na hora, ficou enrolando para dar uma última carícia em Fort. Isso fez com Scarlett o desse um empurrão em direção a saída.

Aprendendo com Sra.Johansson | EvanssonWhere stories live. Discover now