Grande erro...!

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Depois que aquele senhor tinha saído do estabelecimento e me deixou confusa pela súbita aparição, eu fiquei olhando para as costas dele até que o mesmo desaparecesse. Suguru? Nunca ouvi esse sobrenome na minha vida, é tão estranho... Enfim, tenho que seguir fazendo as tarefas que foram me dada.

Tomara que eu não tenha problema por ter derrubado ele, não é como se toda a culpa fosse toda minha, foi meu corpo... Devido aos vários anos sendo treinada para ser uma guerreira, não é como se eu pudesse desaprender. Que porre ter que aprender a ser como uma dama, todas as manhãs tenho que acordar para ter várias lições de como devo me comportar. É tão estressante e chato.

Estava subindo as escadas, como estava fazendo antes de ser interrompida. Quando cheguei no topo da escada me lembrei do maldito futon que esqueci de pegar. Aquele senhor me fez esquecer de pegar, sem ter muitas opções desci as escadas.

Ainda não me acostumei como esse lugar pode ser tão bonito e elegante, ao longo das grandes escadas tem um tapete vermelho, na estrada flores, que toda manhã tenho que trocar... Cortinas vermelhas ao meu lado esquerdo tem um balcão onde aquela velha geralmente fica para receber os seus clientes. O lustre acima da minha cabeça deixa o ambiente muito sofisticado... Mesmo que seja um local de prazeres carnais, mas pelo menos não deixa de ser bonito. O cheiro desse lugar é agradável as responsáveis por isso são as flores espalhadas por esse "palácio". No halls desse lugar tem o piso de madeira polida com um grande tapete estampado em tons de azul e bege no centro. Fora os dois sofás com estruturas de madeira curvas e estofamento rosa aconchegante, uma poltrona combinando e uma pequena mesa oval de madeira com entalhes intricados.

Eu me distrai de novo. Tenho que me apressar antes que aquela velha venha brigar comigo. Pegueis os futons e subi as escadas rapidamente tendo a visão dos quartos das cortesãs e a minha esquerda posso ver alguns trouxas... Perdão, clientes, eles estão sendo entretidos pelas cortesãs, foi quando me lembrei das palavras da minha "professora". Muitas mulheres que trabalham aqui não precisam usar seu corpo para poder ganhar dinheiro, seus talentos em si entretêm os iludidos que gastam todo o seu salário vindo nesse lugar, apenas algumas horas lhes custam muito caro. A vantagem de ser bonita nesse lugar e nesse mundo.

Sou tirada dos meus pensamentos ao me lembrar dos meus deveres, logo depois de fazer isso tenho que ter aulas novamente, em falar naquela mulher... Ainda não sei o nome dela, não tive coragem de perguntar. Mulheres dão medo demais.

Depois de organizar todos os quartos. Claro, com a ajuda de outras serviçais desci para poder beber água e me preparar mentalmente para essa aula. Arrastei meus pés contra a minha vontade até o quarto da cortesã. Respirei fundo três vezes e procurei a coragem para poder enfrentar esse desafio. E mesmo que eu tentasse achar não tem nenhuma restando no meu corpo ou alma. Sem muita escolha bati na porta ouvindo a voz dela pedindo para entrar.

— Demorou, um minuto atrasada. — seus olhos esmeralda me fitam tão intensamente quanto os do meu antigo mestre. Senti vontade de me encolher, mas invés disso me curvei pedindo desculpas que caíram em ouvidos surdos. — Vamos começar. — e novamente seu olhar observador está sob a meu corpo, como se procurasse algo. — Você tem algum talento?

— Talento? — não consegui impedir a minha mania de repetir a mesma palavra enquanto pensava no que eu poderia oferecer para entreter os homens. — Sinto em lhe informar, mas não consigo pensar em nada. — como eu queria me sentar pelo menos um pouquinho, enquanto pensava nisso ouvi um suspiro por parte da mulher a minha frente.

— Por que eu ainda perguntei? — pude notar sua expressão de descontentamento. Seus lábios se contraíram enquanto tentava pensar em uma forma que servisse para eu ser útil nesse lugar. — Mas se você consegue arrumar os quartos, eu poderia te ensinar a jogar Igo.

— Acho que já ouvi esse nome... — me lembro das palavras do meu mestre, ser uma guerreira não é apenas ser forte, ágil e talvez traiçoeira, mas também depende da inteligência. Eu me lembro vagamente desse jogo de tabuleiro, existem as pedras pretas e brancas, quem conseguir capturar mais pedras e tirar do tabuleiro ganha. — É aquele jogo onde eu tenho que fazer uma casinha ao redor da pedra adversária? — vi que ela ficou um pouco confusa com a minha explicação mas logo me apressei para me esclarecer o que eu queria dizer. — Eu tenho que cercar a pedra com as minhas próprias para poder ganhar mais espaço...?

— Me impressiona que você saiba disso, já que veio de tão longe. — ela realmente está tão impressionada assim? Da onde ela acha que eu sou? — Mas enfim. Vamos começar, sente-se. — assim que me sentei ela me entregou as pedras brancas. — Eu começo. — enquanto sua mão levava a pedra até o tabuleiro que está sobre a mesa seus olhos seguem me fitando. — Eu preciso te guiar?

— Não precisa. — eu posso ter duas estratégias nesse jogo, ou eu capturo seus "peões" ou eu atrapalho ela no quesito de formar um quadrado de quatro pedras dela. — Já joguei esse jogo muitas vezes. Mas obrigada pela gentileza, e sinto muito se isso irá ofender a senhora... Mas qual é o seu nome, nunca tive coragem de perguntar. — escolhi colocar a minha primeira pedra em seu território, para que ela perca pontos. É a vez dela de jogar.

— Esse é um bom talento que pode chamar a atenção de vários homens, ainda mais por seu defeito. — ela fez seu movimento tentando criar outra "casa", ela parece ser bastante astuta, mas só terei certeza no fim no jogo. — Pode me chamar de Mei, não se preocupe com os sufixos.

— Se não for muito desconfortável, eu queria perguntar a quanto tempo está aqui. — sigo com a estratégia de impedir que ela faça uma "casa". — Se não for incomodar muito.

— Não é incomodo nenhum, estou aqui desde que era uma menininha, uma dica... Não mexa com homens poderosos fora desse lugar. — na mesma hora que ela iria colocar a pedra no tabuleiro a velha entrou no quarto, pela expressão ela não parece estar muito feliz.

— Aina!! Que história é essa que você derrubou um... — sua raiva é tão grande que parou para respirar fundo e andou até onde eu estou. — Você tem noção do que fez?!

— Eu... — me lembrei daquele homem de mais cedo, ah, minha cabeça vai ser pendurada na parede hoje, eu tenho certeza, dá para ver nos olhos dela a raiva. — Sinto muito senhora, ele me tocou e me assustei, mas não queria machucar ou derrubar ele. — não tenho outra coisa a fazer a não ser pedir desculpas, sempre fiz isso a minha vida toda. 

— Você ao menos tem noção de quem ele é?! — está tão estressada que a sua respiração está acelerada, pelo canto do olho vejo a Mei quieta, apenas observando, ela com certeza deve estar pensando nas palavras que me falou antes dela chegar. Sua mão está em sua cabeça enquanto tenta se manter calma.

— Não senhora, nunca ouvi falar, ele me disse que eu poderia chamar ele de Suguru. — é claro que ia dar problema, por que isso sempre acontece comigo? 

— Se ele decidir que vai querer qualquer cortesã do meu estabelecimento por causa do seu erro, eu não vou ter como negar, você agrediu um nobre. — senti minha respiração engatar, como e por que tinha que ser eu?! — E não é qualquer um, é so um dos amigos mais próximos do daimyo líder do clã Gojo. — Gojo? não, eu não poderia ter feito isso né? 

Eu tive vontade de desaparecer assim que ela me informou que eu posso ter cometido o maior erro da minha vida ao mexer com um dos homens mais poderosos da região. Por que? Por que?! Senti minha respiração falhar, como eu pude ter feito isso? 

— Agora está entendendo a situação que você colocou a todos nós?! Sua garota estúpida!! — minha cabeça se abaixou assim que o sentimento de impotência se instalou no meu coração, não quero imaginar o que vai acontecer se ele querer se vingar de mim. — Você...! — Mei foi até ela para se acalmar porque seu rosto estava tão vermelho como tomate. Não consegui escutar o que estavam falando por que me dei conta do grande erro que cometi. 

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Estou muito em duvida para saber como vocês estão achando da minha história em conjunto com a autora Noelle, por isso eu iria agradecer muito se deixassem suas opiniões para eu saber no que devo melhorar, e não se esqueçam de votar, por favor.  

Capitulo escrito pela autora: Shisui_asl 

Sem escolhas, mas com consequências - Jujutsu KaisenWhere stories live. Discover now