Solteiro forçado

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O próximo encontro foi um encontro em grupo em um "parque de aventura urbano", uma estrutura externa de pilares de concreto com uma confusão de plataformas, vigas transversais e fios onde as pessoas podem praticar tirolesa, bungee jump, andar em corda bamba, escalar cordas e participar de outras atividades, formas de atividades não adequadas para um acrófobo, o que naturalmente significava que um dos concorrentes selecionados para este encontro tinha um medo debilitante de altura.

— Uhh. Posso apenas ficar de fora? — Caon olhou para a plataforma a oito metros de altura, a cor sumindo de seu rosto. Ao lado dele, Talles prendia ansiosamente seu arnês em um mosquetão.

— Qual é, cara, pensei que você fosse um astronauta? Não me diga que você tem medo de altura?

— Sou analista. Sento-me em um cubículo e fico olhando para os números o dia todo. — respondeu Caon. Ao seu redor, os demais integrantes do encontro estavam se preparando para subir na plataforma. Gizelly, Talles, Samuel e Eric estavam todos animados com as atividades do dia. Gustavo e Arthur pareciam um pouco apreensivos, mas obedeceram obedientemente, deixando Caon o único a hesitar. Gizelly veio bem seu socorro.

— Ele não precisa fazer isso se não quiser. Não é, Rafaella? — Gizelly olhou para a produtora em busca de ajuda, ela estava parada de lado, tentando ficar fora do campo de visão das câmeras. Rafaella hesitou, mas então escolheu fazer seu trabalho.

— Bem, tecnicamente faz parte do contrato dele.

Não era isso que Gizelly queria ou esperava ouvir. Ela esperava que Rafaella a apoiasse nisso, mesmo porque era a coisa certa a fazer.

— Eu não acho que Caon deveria ter que fazer isso se ele não quiser. — Gizelly disse desafiadoramente.

Rafaella olhou por cima do ombro para Júlia, que era a treinadora de Caon. Entendendo a mensagem, Júlia deu um passo à frente e deu uma tapinha no ombro de Caon

— Ei, vamos dar um passeio. — Júlia disse.

Enquanto Júlia levava Caon para uma conversa estimulante, os outros começaram suas atividades. Gizelly subiu agilmente a escada até as plataformas acima e começou o percurso de cordas, movendo-se com facilidade e conforto pelo ar como se a gravidade não significasse nada para ela.

Rafaella a observou de baixo, uma mistura de emoções percorrendo-a. Primeiro, houve preocupação; pois embora soubesse que Gizelly estava amarrada a um sistema de segurança, ela tinha dúvidas sobre a segurança dos dispositivos e, francamente, o segurança da instalação parecia ter cerca de quatorze anos e possivelmente bêbado. E então houve... excitação? Estimulação? Ela não cederá à "excitação", mas observar as proezas físicas de Gizelly... fez coisas com ela. Por último, houve conflito, por sentir coisas que ela sabia que não deveria sentir.

Foi um alívio bem-vindo ter Talles pedindo para afastar Gizelly para um encontro individual. Rafaella aprovou o pedido. A dupla soltou os arreios e entrou na tenda de refrescos, que pode não ter sido o local romântico, mas pelo menos os protegeu dos olhares curiosos e ciumentos dos outros competidores. Depois havia Rafaella, cujo olhar era profissional e puramente observador, para não dizer o contrário.

Apesar de seus protestos, Talles acompanhou Gizelly galantemente até seu assento e depois saiu para trazer-lhe um Gatorade. Se ele tivesse perguntado, ela provavelmente teria preferido água, mas talvez fosse o pensamento que contasse. Quando ele voltou, eles conversaram amigavelmente sobre os acontecimentos do dia.

Foi incrivelmente chato.

E então, quando Talles saiu para conseguir uma recarga não solicitada para Gizelly, Rafaella aproveitou a oportunidade para sugerir a sua protagonista.

Amor em tela prateadaWhere stories live. Discover now