Triste com T

109 24 22
                                    

Eventualmente, Rafaella apareceu no restaurante onde Gizelly estava almoçando com a família de Samuel. Ela só teve tempo para duas horas de sono no sofá do escritório e um banho rápido na academia do escritório. A crise não havia acabado e ela sabia que deveria estar no escritório para salvar a situação, mas a essa altura parecia bastante inútil. Depois havia o desejo dela de ver Gizelly.

Uma pequena multidão de fãs estava reunida em frente ao restaurante. Era bastante comum receber alguns espectadores sempre que filmavam em público. Seus locais de filmagem eram públicos para qualquer pessoa que quisesse acompanhar. O que foi atípico foi a presença de um decididamente não torcedor.

— Luiza! — Rafaella cumprimentou com surpresa. — O que você está fazendo aqui?

Luiza parecia mais mal-humorada do que o normal.

— Acordei esta manhã e meu telefone estava inundado de mensagens com palavras como Luciano Huck e escândalo de assédio sexual. Como se eu não fosse vir imediatamente?

— Gizelly está bem. Luciano esteve envolvido no encobrimento e não no assédio real. — Espere, havia algo que ela estava faltando. — Alegadamente. — Porque essa ainda era a linha da empresa.

— Até onde você sabe. Farinha do mesmo saco. Se Renato é um canalha, o amigo dele provavelmente também é. — Como se de repente se lembrasse com quem estava falando, Luiza pareceu momentaneamente arrependido. — Não que... todos associados a Renato são assim.

Rafaella optou por não abordar isso.

— Eu prometo a você que Gizelly está bem. — Quando Luiza continuou parecendo cética, ela acrescentou. — Olha, se não falarmos sobre isso, vou levá-la até você e deixar que ela mesma lhe conte. Você pode esperar lá atrás? E tente não parecer tão... visível.

— O que isso quer dizer? — Luiza bufou. Rafaella apenas lançou um olhar penetrante para o traje todo preto de Luiza, jaqueta de couro, botas de combate e óculos de sol de aviador. Em Los Angeles. Durante o verão. — Sim, ok, vou deixar minha jaqueta no carro.

O restaurante estava reservado para as filmagens e estava vazio, exceto pela equipe de produção e alguns garçons ansiosos espreitando ao fundo, aspirantes a atores esperando aparecer diante das câmeras. Rafaella acenou com a cabeça para sua equipe enquanto caminhava. Ela se aproximou da única mesa ocupada do local, vindo por trás de Gizelly. Samuel foi o primeiro a avistá-la.

— Rafaella! Oi! — Ele parecia genuinamente feliz em vê-la. Embora isso não fosse nada comparado com a expressão no rosto de Gizelly enquanto ela virava a cabeça com os olhos arregalados. Para crédito de Gizelly, ela não gritou ou pulou nos braços de Rafaella como queria. — Mãe, Valentina, esta é Rafaella. Ela é a chefona por aqui.

— Dificilmente. — Rafaella cumprimentou a mãe e a prima de Samuel e conversou educadamente sobre o dia deles. — Sinto muito, não quero interromper sua refeição, mas posso falar com Gizelly por um momento? Não demorará muito, eu prometo.

Antes de terminar de falar, Gizelly estava empurrando a cadeira para trás e se levantando. Garantido o consentimento da família Assis, Rafaella levou Gizelly em busca de um local mais privado para conversar. Ela tentou a cozinha, mas encontrou dois jovens cozinheiros cortando legumes em cubos para o serviço daquela noite. Procurando outro lugar, Rafaella tentou a primeira porta que viu, que dava para uma pequena despensa. Seria suficiente para uma conversa rápida, contar a Gizelly sobre Luiza está esperando nos fundos sem serem ouvidas. Ela esperou Gizelly entrar antes de fechar a porta atrás deles.

A porta se fechou e Rafaella se virou para entregar sua mensagem, apenas para de repente se ver pressionada contra a porta que acabara de fechar, a boca de Gizelly contra a dela, as mãos de Gizelly cobrindo seu rosto, seus corpos calados. Gizelly a beijou com necessidade frenética.

Amor em tela prateadaWhere stories live. Discover now