cap 47- clown

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IVY BENNET.

Abri os olhos lentamente, deixando a luz do sol invadir meu quarto. Era um daqueles dias em que o tempo parecia não ter pressa, e eu me permiti relaxar por alguns momentos a mais na cama. Mas logo fui despertada por um som insistente: meu telefone tocando.

Era a Banks. Pensei por um momento em ignorar a ligação e voltar a dormir, mas algo me dizia que não era uma opção. Atendi, esfregando os olhos enquanto me sentava na cama.

— Oi, Banks. O que está acontecendo?—

Do outro lado da linha, ouvi a voz animada da Banks. Ela estava empolgada com alguma coisa, e pela sua sugestão, parecia ser algo divertido.

— Eu e Apollo vamos ao parque hoje. Vamos com a gente. Melhor do que ficar em casa em estado vegetativo.—

— Eu prefiro ficar em casa entrando em estado vegetativo.—

— Oh mds. Olha para os seus pés, ja estão criando raizes. Você está virando um brócolis.— Ela diz sarcástica do outro lado da linha.

Um sorriso involuntário surgiu em meu rosto. Eu não ia a um parque há anos, e a ideia de passar o dia com a Banks, Apollo e Mason parecia perfeita. Sem hesitar, concordei.

— Ta bom peste. Eu vou. Onde nos encontramos?—

Depois de combinar os detalhes, desliguei o telefone e me levantei da cama com um novo ânimo. Tomei um banho rápido e me vesti, escolhendo uma roupa que combinasse com a ocasião: jeans justos, uma camiseta solta e uma jaqueta de couro, perfeita para o clima fresco da primavera.

Peguei meu capacete vermelho, meu fiel companheiro de aventuras, e desci as escadas até a garagem, onde minha moto repousava, esperando por mim. Montei nela e dei partida, sentindo a familiar sensação de liberdade enquanto cruzava as ruas da cidade em direção ao parque.

Encontrei a Banks e o Mason esperando por mim na entrada do parque, com sorrisos luminosos nos rostos. O parque estava repleto de vida e energia, com crianças correndo e risos ecoando ao longo dos caminhos.

— Finalmente você chegou, Ivy!— exclamou Banks, abraçando-me com entusiasmo. — Vamos logo ao circo, tenho certeza de que o Mason vai adorar!—

A atmosfera no circo estava carregada de emoção e mistério quando decidimos explorar o labirinto. A princípio, estava tudo bem. Caminhamos juntos, rindo e brincando, mas de repente me vi sozinha, os sons e risos de Banks e Mason se distanciando à medida que avançava pelo labirinto.

Uma sensação estranha começou a se instalar, um arrepio na espinha que me fez sentir observada. Olhei ao redor, mas não vi ninguém. A sensação persistia, como se alguém estivesse me seguindo, espreitando nas sombras.

Continuei andando, tentando encontrar a saída, mas de repente algo prendeu meu braço na parede. Olhei para cima e me deparei com um homem mascarado, o rosto oculto por uma máscara sinistra. O moletom preto que ele usava, assim como o porte e a postura, lembravam muito o homem que eu tinha visto anteriormente.

— Quem é você e por que tem me perseguido por todo esse tempo?.

O homem levanta um pouco à máscara me dando um pouco da visão dos seus lábios. A luz vermelha dificultava a minha visão. Logo o homem avança nos meus labiosos. Eu teria relutado ou até mesmo arrancaria o pau dele com as minhas unhas. Mas o gosto dele. Era familiar.

Sua mão percorreu por toda a minha costas e apertava todo o meu corpo. Eu conhecia esse beijo. Essas mãos ja percorreram pelo meu corpo antes.

Puxei a mascara dele pra cima ainda o beijando e finalmente tive coragem de abrir os olhos.

the labyrinth of IllusionWhere stories live. Discover now