ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 45 | ᴠᴏᴄᴇ̂ ᴇ́ ꜱᴜʙ... ꜱᴜʙᴍɪꜱꜱᴀ.

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ɴᴏᴀʜ
ꜱᴇ́ʀᴠɪᴀ

_Acho que já dá para a gente ir. - Falo quando percebo que os homens já pararam de nos observar. - Júlia?

Olho para ela e a vejo vidrada na cena que se passa próximo a nós. Vejo suas coxas unidas e acho que nem percebeu o quanto seus seios estão visíveis pelo tecido do vestido, que me deixou com um tesão absurdo quando a vi vestida.

Fiquei indignado com os seus cabelos alisados mas tinha que concordar que ela fica linda de qualquer jeito.

_Júlia? - A chamo novamente e ela me olha levemente envergonhada por saber que eu entendia muito bem o que tinha a sua concentração. E eu sorrio com uma alegria inigualável por saber disso com tanta certeza. Já imaginava antes mas ter essa certeza é bom para caralho. - Você gosta do que vê... Não. Você tá com tesão, é com alegria que percebo você ser uma submissa amor.

_Eu...

Sequer a deixo terminar e me levanto abrindo o botão do meu blazer.

_Amor quer participar? - Pergunto estendendo a minha mão para ela.

_Sim. - Ela fala com um único sopro.

Não sei para que essa timidez toda se já vi todo o seu corpo nu nos meus braços, e em todas as posições possíveis.

_Sou muito ciumento para deixar todos te tocarem, vem comigo.

Mesmo sem ter entrado em todos os quartos tinha um relatório sobre o que acontecia em cada cômodo daquela mansão. E tinha um lugar bem legal para se brincar sem precisar me preocupar com alguém a tocando.

Normalmente nas casas de swing tem diversos lugares para cada gosto e casal, e um deles é uma sala de vidro onde casais transam e outros assistem.

O bom e velho voyeurismo.

Esse é bom lugar para se testar a submissão da Júlia.

Com sua mão na minha a puxo e atravesso a sala com presa, sequer penso se estamos sendo observados dessa vez ou se o Jules apareceu em algum momento no salão. Depois de cruzar um salão acho a sala que queria, infelizmente as divisões da sala é menor que imaginei mas tinha uma desocupada.

A sala era luxuosamente decorada, com paredes de um tom profundo de azul escuro, realçadas por molduras douradas e luminárias de cristal penduradas no teto. O piso era de mármore preto, polido até brilhar, refletindo a luz suave das velas espalhadas pelo ambiente. Ao redor das paredes, havia sofás de veludo macio, em tons de vinho e preto, onde algumas pessoas já estavam sentadas se masturbando, observando com interesse o que acontecia nas divisórias de vidro.

As divisórias de vidro eram a característica central da sala. Eram caixas transparentes, grandes o suficiente para abrigar várias pessoas confortavelmente, mas ainda assim proporcionando uma sensação de exposição e voyeurismo. Cada divisória tinha cortinas de seda que podiam ser fechadas para privacidade ou abertas para exibição. Dentro das caixas de vidro, casais e trios estavam envolvidos em várias atividades íntimas, seus movimentos visíveis para todos que escolhessem assistir.

_Vamos entrar aqui. - Digo a ela puxando para a única das divisórias desocupada.

Agradeci mentalmente a Jules por sua casa exigir o uso de máscaras, o que dificultava o reconhecimento. Com as máscaras, éramos apenas mais dois participantes anônimos na festa. A máscara da Júlia era preta e elegante, cobrindo metade de seu rosto, enquanto a minha era preta com detalhes intrincados, combinando com meu terno preto.

Entramos na divisória e Júlia fechou a cortina de seda atrás de nós, criando uma barreira mínima entre a gente e os espectadores do lado de fora. A caixa de vidro tinha um sofá confortável e algumas almofadas espalhadas pelo chão. A atmosfera era íntima, mas com uma sensação de ser observada que aumentava o tesão.

Heart (LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora