Heart (LIVRO 2)

ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 46 | ɪᴅɪᴏᴛᴀ ᴇ ʙᴜʀʀᴏ

ᴊᴜ́ʟɪᴀ
ꜱᴇ́ʀᴠɪᴀ

_EU VOU TE MATAR NOAH EVANS!

Grito dentro do carro tentando quebrar a merda da janela. Lembro da minha Glock dentro da bolsa e a pego, quebrar uma janela blindada com uma Glock é extremamente difícil e potencialmente perigoso.

Eu sei que janelas blindadas são feitas de camadas de vidro e policarbonato. E dependendo da classificação, elas podem resistir a diferentes calibres de munição e são projetadas para resistir a balas. Uma Glock, mesmo utilizando munição de calibre alto, pode não ser capaz de perfurar a merda dessa janela.

Disparar contra ela pode resultar em ricochetes, que são extremamente perigosos. Mesmo utilizando uma das munição mais potente disponível para a Glock que é a 10mm pode não quebrar.

Mas vou tentar disparar a curta distância para maximizar o impacto e acho que disparos repetidos no mesmo ponto podem aumentar a chance de penetração. Apesar de tiros repetidos possam eventualmente danificar a janela, a chance de perfuração completa é baixa sem armamento especializado.

Em meio ao silêncio da noite escuto um tiro vindo da mansão. Aproximo-me da janela blindada, sentindo meu coração bater acelerado não tenho outra escolha o que preciso está do outro lado e o tempo está se passando, ele pode precisar da minha ajuda. Firmo a Glock em minhas mãos, tentando acalmar os nervos. A respiração é pesada, mas preciso ser controlada. Não posso errar.

Escuto uma série de tiros e meu coração acelera mais ainda, tô nervosa para caralho.

Ele tá sozinho lá dentro.

O primeiro disparo ecoa, quebrando o silêncio com um estrondo ensurdecedor. Vejo a pequena rachadura no vidro, mas é apenas um começo. Ajusto minha posição, focando no mesmo ponto. Respiro fundo e disparo novamente. A rachadura se expande um pouco mais. Repito o processo, mantendo a calma, cada tiro criando novas fissuras na superfície blindada.

O vidro parece inabalável, mas não posso desistir. Concentro-me, sentindo o recuo da Glock em minhas mãos, o cheiro de pólvora no ar. Disparo mais algumas vezes, cada bala impactando com força. As rachaduras se espalham como uma teia de aranha. Meu braço começa a doer, mas a determinação é mais forte. Preciso quebrar essa janela.

Finalmente, após uma série de tiros concentrados, ouço o som satisfatório de vidro cedendo. Estilhaços caem no chão, criando uma abertura estreita, mas suficiente. Respiro fundo, sentindo o alívio misturado com a adrenalina.

Só resta míseras três balas no pente.

Guardo a Glock, sabendo que ainda estou longe de estar segura, mas esse é o primeiro passo.

Cuidadosamente, atravesso a abertura, sentindo os fragmentos de vidro sob meus pés.

De repente, sinto uma dor aguda no braço. Olho para baixo e vejo uma pequena linha de sangue. Um estilhaço de vidro deve ter me cortado quando passei pela abertura. Tento ignorar a dor e continuo em frente, mantendo o foco. Nada vai me deter agora.

Nessa hora aparece vários soldados do meu pai.

_Demoraram só um pouquinho né. - Digo irônica enquanto subo as escadas com a arma na mão e a fenda do meu vestido na outra. - Preciso de um pente novo.

_Aqui senhorita. - Um deles fala com em inglês pior que eu. Pego o pente e continuo subindo com mais de 10 homens no meu encalço e recarrega a arma.

_Quero que vocês protejam minha retaguarda mas a ordem principal é tirar o idiota do Noah com vida lá de dentro. - Falo alto e tento ser clara para que todos entendam, sei que nem todos falam inglês mas eles que lutem para entender.