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Mendoza narrando:

Todos nós estavamos esgotados. Pela falta de sono, pelo estresse, pela angústia de guadar segredos há anos que, naquele ambiente asfixiante, tornava-se bem mais difícil de guardar -los. E que todos, cedo ou tarde, perdeiramos a cabeça.

Menos o Berlim. Ele foi o único que observou fielmente o protocolo de descanso. Os demais estavam desequilibrados

Berlim: acho melhor você descansar também,  querida.- ele fala com sua voz roca e sem abrir os olhos.  Creio que carinhos no cabelo dele estava dando sono ao mesmo.

Mendoza: não consigo....estou preocupada com o futuro do nosso filho e com o nosso futuro também. -

Berlim: não há nada com que se preocupar.. esse roubo vai mudar nossas vidas pra sempre e pra melhor.- seus olhos castanhos focaram nos meus e depois veio pra minha boca.

Mendoza: e se a gente acabar dentro da prisão e ele em um orfanato? Não quero isso,não mesmo.- berlim se senta no sofá e coloca sua mão em meu rosto.

Berlim: em um orfanato não vai parar.. ele vai ter o tio dele fora da prisão, mas! Nada de errado vai acontecer. - ele se aproxima e finge que vai me beijar. - oque acha de relaxar? Hum? - me puxa fazendo com que eu sente no colo do mesmo.

Mendoza: e oque acha de....ir relaxar com aquela mulherzinha em? Não acha que eu vi você de papinho com ela? Hum?  Que eu vi você deitado no colo dela? Vai lá com ela !- saio do colo do mesmo e me afasto do sofá.

Quando um homem que tinha o passado de ser infiel decide ter finalmente uma familia, ele jamais vai parar de ser infiel  ( a não ser que encontre uma mulher louca o suficiente pra mudar ele)

Berlim: Bianca, meu amor, me deixa explicar a situação. - ele se levanta e vem até mim agarrando minha cintura.

Mendoza: não quero escutar nem um piu vindo de você.!-

Berlim: ....piu..- ele riu mas depois começa a reclamar de dor já que eu comecei a bater no mesmo.- tá bom mulher, para com isso vai. Eu não estava de papinho com ela , eu estava só explicando oque vai acontecer se o grupinho dela voltar a aprontar....e sobre eu no colo dela??? Isso não aconteceu querida. Claramente foi um " pesadelo" de sua soneca de uma hora.

Mendoza: não mente pra mim ,berlim! Se não você nunca mais vai ver a luz do dia. - dei um tapa na cara dele.

Berlim: que saudades que eu estava de apanhar de você,  uma linda mulher e gostosa demais.- ele me beija com força e o clima começa a esquentar

Tempo depois:

Autora narrando:

Berlim: uma ótima ideia! Chegou a hora de sermos práticos. - ele desce as escadas e indo de encontro a Nairobi e os reféns. - a utopia da colaboração não deu muito certo. Nairobi...eu te agradeço por me deixar descansar um pouco das minhas obrigações,  mas..estamos todos prontos pra que eu volte ao comando. -

Nairobi: são todos seus. - ela sai rapidamente daquela sala.

Berlim: esse momento é maravilhoso.- ele respira fundo e tira a faixa da própria cabeça. - de pé! Eu disse que ia proteger vocês,  não disse?  Mas acontece que eu mudei de ideia.  É que é muito mais prático...tortura-los. No campo de concentração,  o respeito é tido como óbvio.  Então aqui vai acontecer a mesma coisa. Vocês vão cavar o túnel...até que suas mãos sangrem! Vocês vão fazer o trabalho sem descanso.

Berlim: se não, um castigo épico espera vocês.....como o lider de vocês ali.- aponta pra frente onde o arturo rapidamente aparece com o corpo cheio de explosivos

Mendoza narrando:

Mendoza: caralho que visão dos inferno..- falo após vê o arturito só de cueca sentado em uma cadeira e seu corpo cheio de explosivos.  A sua frente ao meu lado tinho o Rio sentado em uma cadeira e com um aparelho que comandava as bombas.

Rio: com certeza.  - olho pra mim rindo de canto .

Mendoza: mas sabe oque é mais pior de tudo isso? É ficar como babá do arturzinho.  O cara enche nossa paciência. -

Arturo: por favor ! Se resta ainda um pouconde dignidade em você,  me ajude , por favor! Eu não mereço isso...eu...eu não consigo respirar. -

Rio: quer um pouco?.- me oferece um pedaço de bolo de chocolate.

Mendoza: da onde tirou isso?.- levanto minha sombracelha curiosa.

Rio: é melhor eu ficar calado sobre isso.. vai querer ou não?.- estende o pratinho pra minha frente e eu pego.

Mendoza: vamos provar né.....carai! Muito bom...tem mais?- ele nega com a cabeça.

Rio: me dê só mais um pedacinho e pode ficar pra você. - pega o prato da minha mão e coloca mais um pedaço em sua boca.

Berlim: estamos entrando. - ele vem juntamente com os reféns e coloca as marmitas no chão.  - cada um pega a sua e se sentem. Fiquem a um metro de distância do outro.

Rio: acho que aqui tem mais, vamos.- coloca sua mão sobre meu ombro e saimos da sala central.

Mendoza: que paraíso. - falo após vê um prato com três fatias de bolo.

Rio: vou lá pra cima, já volto.-

Fico muito entretida com as fatias de bolos a minha frnte e saboreio devagarzinho cada um.

Escudo passos descendo as escadas rapidamente.

Rio: a Toquio tá voltando porra! Temos que abrir a porta!.- me levanto rapidamente e corro até o lugar dos portões.

Gritos dos reféns é escutado a cada tiro que rio e moscou troca com a polícia. Depois de 1 minutos Toquio entra toda fardada de polícial e logo aperto o botão para fechar as portas.

Rio vai até Toquio e eles começam a se beijar. Moscou começa a agir estranho. berlim, helsique e Nairobi chegam aqui rapidamente e ficam parados ao verem a Toquio aqui.

Mendoza: tá tudo bem moscou?.- corro até ele quando ele se ajoelha. Desço meu olhar pra sua barriga e vejo sangue saindo.

Me desespero e sinto o denver me afastar um pouco e deita a cabeça do pai no seu colo. Começo a chorar.

Sinto meu peito se apertar  e o choro se entalar na minha garganta. Berlim se ajoelha ao meu lado para tentar me acalmar, mas naquele momento não dava pra manter a calma.

O cara que estava vendo como uma figura " paterna " estava prestes a morrer na minha frente e ao meu lado.

Denver: ajudem! Ajudem!.-

Nairobi: o kit de primeiros socorros!

Moscou: eu estou calmo, foi de arraspão na costela.- respiro aliviada e solto risos frouxos ao perceber que eu me preocupei demais.

Tóquio: vira ele , vira ele logo .- ajudo a virarem ele calmamente de lado.

Helsique: não tem saida..a bala está lá dentro.

Denver: filhos da puta. É hemorragia.-

Moscou: não se preocupem filhos.-

la casa de papel ( Berlim) DmWhere stories live. Discover now