después de la tormenta

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Não resisti e vim postar mais um (!!!) hoje. A fic bateu 1k de views e eu tô muito apaixonada por tudo o quem vem depois desse primeiro arco, logo, quero muito que ele acabe. Dica: nesse capítulo eu dou uma de João e Maria e deixo várias pedrinhas para mostrar o caminho nos próximos capítulos e as coisas só vão ser totalmente reveladas quando vocês se esquecerem dele (não foi intencional, quando vi já era quase capítulo 20 e ainda não tinha conseguido nem introduzir o resto das personagens satélites).

PS: tô no Twitter (ilha_dafantasia)

Boa leitura!

Alexandre

Eu não faço ideia do que está acontecendo na minha vida. De uma hora para outra, Giovanna apareceu e arrastou navios, levantou tsunamis, arrancou árvores...

Ela é um Oceano inteiro. Intenso. Quente. Profundo.

Tudo ficou de cabeça para baixo. Não sei o que seria de mim sem dona Helena, minha Leninha, que cuidou de mim a vida toda até que conheceu um bonitão da árabias e foi viver lá até que ele morreu, para me ouvir desabafar. De uma hora para a outra descobri que meu pai me traiu da pior forma que poderia e que todos os anos que perdi ao lado da mulher da minha vida teriam sido facilmente evitados. No momento certo eu iria confrontar o velho, por enquanto eu estava esperando passar a vontade de matá-lo.

Não pude não pensar na família que teríamos formado. Provavelmente teríamos dois filhos, iríamos morar numa casa simpática, com um quintal enorme e mil cachorros para correr atrás das crianças.

Ainda há tempo para isso. Não que eu faça questão, não faço, mas se Giovanna quiser, eu serei o homem feliz do mundo.

Eu quero a completude da vida ao seu lado, não as migalhas que nos restaram.

Sorri pensando no qual insano estava ficando nosso caso. Giovanna está dormindo aqui quase todo dia, seus cremes estão espalhados pelo banheiro, suas calcinhas estão misturadas nas minhas cuecas, um frasco do seu perfume está ao lado do meu, na minha pia tem a sua escova de dentes...

Ela se impregnou pelo meu apartamento e eu acho isso incrível. Nunca pensei que pudesse gostar de ver meu espaço pessoal tomado por itens femininos.

Giovanna tem sido um refrigério nesse tempo. Todas as coisas parecem acontecer em uma leva só. Já estamos juntos há mais de um mês e ainda não conversamos sobre tudo o que precisamos conversar.

A impressão que tenho é que ela não está no mesmo pé que eu nessa história. Giovanna é arisca, foge de assuntos delicados, nunca mais tocou no nome do meu pai ou da sua mãe... talvez para ela seja só sexo, mas pra mim é a espera de uma vida toda.

"Alô?" Sua voz soou no outro lado da linha.

— Oi, minha linda. Cheguei de São Paulo, vamos ao Village mais tarde? Você disse que queria comprar uma roupa pra festa de terça.

— Eu na praia com a Lelê, benzinho. Daqui meia hora vou pra casa, tomo um banho e te aviso.

— Queria ser seu biquíni, a calcinha ou sutiã, tanto faz. — Não desperdicei a oportunidade.

— Câmbio, desligo. Tarado! — Giovanna respondeu rindo.

Me vesti um pouco mais formal do que de costume, é fim de tarde e nos meus planos vamos jantar por lá mesmo. Meus domingos ficaram melhores depois que ela voltou.

Nos encontramos no estacionamento do shopping, ela estava linda no conjunto de alfaiataria que, a julgar pelo gosto dela, era da Boss, os shorts e o blazer em tons terrosos e a camiseta branca.

Como Recuperar el TiempoWhere stories live. Discover now