03. começo de mentiras e também de um sentimento

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roberto's pov

- Caso não nos encontremos mais, saiba que você é um puta de um homem gostoso e preto combina com você que é uma delícia. Até mais! – É a última coisa que ouço de Hayla antes dela deixar a minha sala, caio quase que incrédulo em minha cadeira e rio sozinho com a mão na testa.

Olho para a pequena sacola de papel, tiro de lá um pedaço de bolo bem enfeitado, parecia estar delicioso e também havia um cartão, lembro de suas palavras de ser rude não ler o cartão, esperando qualquer coisa da garota estudante de psicologia, meus dedos se prendem ao cartão que tinha uma caligrafia redonda e bonita de se ler.

Obrigada capitão. Espero que esteja do seu gosto :)
caso goste de conversar ou queira, sabe onde me encontrar ou só mandar um oi no número (21) 9999-9999.
Hayla, a garota do ônibus.

Balanço a cabeça em negação ao terminar de ler aquilo e o guardo no meu bolso, talvez fosse útil mais pra frente ou depois de alguns copos de cerveja.

Meus olhos e atenção se voltam para a porta quando Rosane, minha mulher entra em minha sala sem permissão e quase soltando fogo pela cabeça, cruzo meus braços e já espero a gritaria.

- Quem era aquela garota? O que é isso? – A mesma começa com as perguntas, quando Rosane ameaça mexer na sacola eu sou mais rápido e tiro de sua vista – Beto, ele já deu a resposta? Tem algum substituto?
- Porra Rosane, eu não sei ainda, aquela garota veio buscar as coisas dela, era a do ônibus que foi assaltado ontem, que cisma do caralho em? Não sei de substituto porra nenhuma, não tenho tempo pra descansar imagina ficar batendo papo com você – Falo sentindo meu corpo se encher de tensão, olhar para minha mulher se intrometer em tudo o que eu fazia me deixava irritado pra caralho.
- Não tem tempo pra mim, mas, a do ônibus tinha todo do mundo né Beto? Fala sério.
- Você tem quinze anos por acaso? Ela veio agradecer, eu nunca mais vou ver a garota! Qual seu problema? – Meu telefone toca, olho o visor e era o chefe – Você tem que ir e eu também.
- É assim que vai ser?
- É como sempre foi, Rosane. Agora eu tenho que trabalhar, pode por favor me dar licença?

hayla's pov

Já com minhas coisas em mãos, comemoro mentalmente e rapidamente pego meu celular para poder avisar que eu estava indo para o estágio. Saio quase que radiante de dentro da corporação, Roberto tinha uma beleza exótica, notei isso no primeiro segundo que nossos olhos se cruzaram mesmo eu estando em completo perigo, como evitar um homem tão lindo desse?

Uma luz vermelha acende em minha cabeça, a mulher que estava na recepção perguntando se poderia entrar na sala do marido dela, coço a nuca, ele não usava aliança e por isso deduzi que era solteiro, uma onda de vergonha eletrifica meu corpo e eu rio sozinha das minhas últimas palavras que direcionei a ele.

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obsession | capitão nascimento Onde histórias criam vida. Descubra agora