32. relembrando os velhos tempos

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hayla narrando

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hayla narrando

Ouço Leonardo rir pela décima vez ao meu lado do mesmo vídeo que ele estava vendo em uma das redes sociais, reviro os olhos meio impaciente, Rosane ligou para Roberto no mesmo segundo que nós três deixamos a casa, ela havia feito todo um drama colossal para ele dizendo que eu a havia a agredido e a ameaçado.

E havia mesmo, não gostou que botasse na conta do papa.

E como castigo, Roberto disse para Mathias me manter na sala dele, porém, Leonardo também estava lá e me irritando.

- Juro por tudo que é sagrado – Começo o olhando de canto de olho – Eu vou te matar se mais uma risada sair da sua boca.
- Que isso madame – Ele me olha, ainda risonho, tiro meu canivete do bolso e bato ele na mesa o deixando ali e cruzando os braços – Coé, cara.
- É a minha resposta – Digo o olhando em seus olhos azuis – Cala a boca.
- Amarga – Lima diz revirando seus olhos, eu ameaço levantar da cadeira e ele praticamente sai correndo da sala.
- Amarga é a senhora tua mãe – Digo alto o suficiente para ele escutar.

Eu estava estressada. Nervosa. Querendo matar alguém e nem sabia de onde todos esses sentimentos estavam vindo e para tentar me acalmar passo as mãos pelo meu ventre pensando no meu bebê.

- Se essa criança vir com o tamanho do estresse que você tem – Ouço a voz de meu noivo, engulo a seco e abro meus olhos – Teremos que ter cuidado...
- Beto... – Seu nome sai automaticamente dos meus lábios, ele estava encostado no batente da porta, me encarando com uma das sobrancelhas levantadas.
- Na minha sala, Almeida – Seu tom autoritário me faz arfar e algo em meu ventre praticamente pular pra fora de tanto desejo.

Me mantendo em silêncio, levanto da cadeira e caminho em passos calmos até a sala do capitão, ele me esperava na porta e assim que passo o mesmo me dá um tapa na bunda, engulo a seco novamente. Eu tava fodida...

Ouço a porta se fechar atrás de mim, Roberto passa a chave e quando olho ele estava fechando as cortinas.

- Amor, eu...
- Você não fala – Ele chega mais perto – Eu posso listar as coisas erradas que você fez aqui, Hayla – Sua mão voa para o meu pescoço o apertando, solto um gemido baixo de satisfação – Primeiro, me deixou em casa sozinho cheio de analgésicos – Olho para sua outra mão onde ele estava tirando seu cinto, e o aperto em meu pescoço me faz olha-lo em seus olhos novamente – Segundo, mentiu pra mim dizendo que ia para um lugar e foi para outro totalmente diferente... – Ele nega com a cabeça e eu estava ficando confusa se ele queria me comer ou me bater – Terceiro, colocou sua vida e do meu filho em perigo – Roberto libera meu pescoço, eu respiro fundo novamente e sento em sua mesa atrás de mim – Mas, ouvir o que você fez, Almeida, me deixou duro pra caralho... Porra... Você só me dá orgulho – Ele agarra meu cabelo e puxa meu rosto para perto do dele – Você facilmente substituiria qualquer um deles aqui.
- Eu poderia ser o teu braço direito – Sussurro e nossos lábios se roçam, o fazendo gemer – O que me diz?
- Ah sim – Ele concorda, o vejo fechar os olhos – Poderemos pensar nisso, depois.

obsession | capitão nascimento Onde histórias criam vida. Descubra agora