Kim Sunoo é um ômega de 18 anos, pequeno e amigável, seu cheiro de baunilha e sua aparência fofa são sempre atração por onde ele passa, mas o fato de ser um menino ômega eram carregadas de preconceitos, por isso ele nunca teve um parceiro. Depois do...
Niki não saberia dizer o que sentiu após sair da casa de Sunoo e passar pela primeira vez na frente daquela casa, 'a casa verde atrás do colégio' como Heeseung lhe informou, ela era na realidade uma casa comum, que passaria despercebido por qualquer pessoa, mas não mais para Niki, ele olhava para cada detalhe, e cada um deles faziam o alfa estremecer, como se um dia já tivesse pisado ali, até a cor inusitada da residência o incomodava, e a cada segundo que olhava, a angústia o cegava, uma chama acendia em seu corpo e ele ficava automaticamente paranóico, o jovem até pensou em descer, tocar a campainha ou apenas ficar ali esperando algo acontecer, mas sabia que nada disso mudaria os sentimentos dentro de si, a raiva e o desprazer eram tantos que ele sinceramente achava que vomitaria a qualquer momento.
O alfa bufa e balança a cabeça negativamente, saindo do local a milhão antes que fizesse alguma besteira, voltando a dirigir na velocidade normal após sair daquela rua, porém seu coração volta a acelerar quando passa agora na frente da cafeteria dos Lee, dessa vez ele deixar a curiosidade o dominar ao ver aquela senhora entrar, ele sabia quem era, já tinha a visto algumas vezes quando frequentava o local, senhora Lee Hara, avó de Heeseung...
E consequentemente, a sua avó também.
Ele respira fundo, e mesmo achando que só podia estar ficando louco de fazer isso, ele faz antes que se arrependesse completamente, estacionando na frente do local e saindo do carro depressa, o alfa entra na cafeteria batendo a porta, ele mal notou que estava tão ofegante e suado que parecia alguém desesperado, e talvez de fato estivesse... mas nunca admitiria.
- Olá, boa tarde... - A senhora sorri, mas muda a expressão ao ver o estado do alfa. - Você está bem querido? Aconteceu algo?
Niki nem poderia fingir que estava bem, já que assim que a senhora andou em sua direção e tocou delicadamente seus ombros, genuinamente preocupada, seus olhos se encheram de lágrima, ele cobre o rosto instantaneamente, mal entendia exatamente o porquê de estar dessa forma, mas sabia que estava completamente exausto de tudo.
O japonês acabou caindo em um grande e perigoso dilema, porque se Lee Hara fosse uma pessoa ruim, ele podia odia-la sem remorsos, afinal foi ela quem carregou o verdadeiro mau em seu ventre, nesse caso ele poderia culpa-la pela criação da maldade humana, maldade essa que não estava em si, mas que infelizmente fazia parte de seu sangue. Mas ao contrário de tudo, a senhora estava ali, acolhendo e confortando um completo desconhecido aos prantos em sua cafeteria.
O mais novo só queria de fato uma explicação, e ele realmente não sabia se um dia teria.
Assim que a senhora o abraçou e beijou os seus cabelos, ele desabou, a abraçando de volta com força, enquanto chorava copiosamente.
