vinte

610 55 0
                                    

Geralmente eu acordava sozinha no horário que eu bem entendesse e ninguém fazia questão de ser invasivo comigo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Geralmente eu acordava sozinha no horário que eu bem entendesse e ninguém fazia questão de ser invasivo comigo. Pelo menos não depois do acidente, embora eu sempre acordasse cedo eu sabia que mesmo que não fizesse, ninguém tentaria me forçar a nada.

Era quase um acordo silencioso dentro da nossa casa qual eu não precisava estar sempre reafirmando as minhas vontades. Eu havia me tornado quase um zumbi de qualquer maneira.

Mas acho que minha mãe resolveu por conta própria quebrar esse acordo quando optou por entrar no meu quarto cantarolando que já era hora de eu acordar e começou a abrir as cortinas como se ela fosse a própria Cinderela convidando os passarinhos para entrar no quarto dela.

Ela só se esqueceu que esse era o meu quarto e ela não tinha autorização de cantar aqui e nem de convidar passarinho nenhum pra entrar. Principalmente porque eu tinha planos de dormir até mais tarde.

Eu podia apostar que toda essa movimentação era porque ela estava tentando me castigar por ontem a noite.

Eu não havia percebido que a pequena aventura com Damian ontem à noite foi exaustivo até eu cair na minha cama e apagar profundamente sem a necessidade de medicamentos.

E queria continuar dormindo, porque aquilo era muito tarde.

Pelo menos eu deveria agradecer a ele por me proporcionar uma noite de descanso e sono profundo sem a ajuda de remédios.

O meu sono foi tão profundo que eu sequer tive a chance de sonhar com o acidente ou com Liam.

— Mãe, por favor, não. — Murmurei, enfiando a cabeça debaixo do travesseiro na esperança de abafar a luz e o som.

— Nós vamos sair, querida. Tenho que preparar o desfile da nova coleção e eu vou te levar para tomar café da manhã. Seu irmão me contou que você parecia triste ontem à noite— A voz de minha mãe era alegre, quase cantada, e isso só aumentava minha irritação. Ela continuava a abrir as cortinas, ignorando meus protestos. — Essa é uma ótima desculpa pra arrastar você comigo por aí. Levante-se, vai tomar banho que eu vou te esperar lá embaixo. Eu não aceito um não, Lilith.

Ergui meu corpo na cama, me apoiando pelos cotovelos e resmunguei, sentindo meus olhos lutando para se manterem abertos.

— Eu preciso dormir mais, mãe.

— Eu desenhei um vestido que eu acho que você vai adorar.

Ela continuou palestrando enquanto andava no meu quarto atrás de acessórios, roupa e sapatos, como se fossemos a uma festa ao invés de saímos para tomar café da manhã.

Minha mãe apareceu com um vestido de tweed cinza nas mãos e colocou sobre a cama, dizendo para eu me vestir.

Queria as mesmas roupas confortáveis que Damian me deu ontem à noite, eu não queria me arrumar feito uma boneca de luxo para desfilar pela cidade, como eu sempre fazia.

Erro DistorcidoOnde histórias criam vida. Descubra agora