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Era verão na região costeira da Carolina do Norte, onde as árvores altas e as colinas onduladas pintavam o horizonte com um verde exuberante. Nesse cenário pitoresco, vivia uma garota chamada Sarah, de sete anos, que passava seus dias explorando os bosques e campos ao redor de sua casa. Sarah era uma sonhadora, com olhos brilhantes e um espírito indomável, sempre em busca de aventuras.
Durante uma das suas mulheres "aventuras" pelo quintal de casa, enquanto corria pelas gramas, Sarah acabou esbarrando com uma garota que parecia ser a sua idade. Ela parecia triste, com lágrimas rolando por suas bochechas e olhos avermelhados.
"Oi"- disse Sarah, com um sorriso amigável- "O que você está fazendo aqui sozinha? Cadê seus pais?"
A morena levantou o olhar, surpreso, mas logo esboçou um leve sorriso- "Eles estão em casa, eu só sai um pouco para pensar."
Sarah sentou-se ao lado dela, balançando os pés para frente e para trás-"Quer me contar sobre o que estava pensando?"
A garota morena suspirou- "Meus pais brigam muito. Às vezes, eu só quero fugir daqui."
Sarah franziu a testa, tentando entender-"Por que eles brigam?"
"Não sei. Acho que eles não se amam mais," respondeu a garota, com uma tristeza evidente na voz- "Aliás, me chamou S/n"
"Me chamo Sarah"- A loira respondeu e um silêncio se instalou por um momento, absorvendo as informações. Então, com a determinação característica de uma criança, ela disse: "Se eles não se amam, isso não significa que você tem que ficar triste. Nós podemos fazer um plano. Vamos fugir juntas!"
S/n olhou para ela, confusa-"Fugir? Para onde?"
"Para onde quisermos"- disse Sarah, com um brilho nos olhos. "Podemos construir uma casa na árvore, viver de aventuras e ser felizes. Eu prometo que nunca vou brigar com você."
S/n não pôde deixar de sorrir. A ideia era absurda, mas de alguma forma, a seriedade e o entusiasmo de Sarah a faziam acreditar que era possível.
Nos dias que se seguiram, Sarah e S/n passaram a se encontrar todos os dias nas redondezas. Elas construíram uma pequena cabana de galhos e folhas, que chamavam de sua fortaleza secreta. Lá, elas faziam planos para o futuro, desenhavam mapas de lugares que queriam explorar e contavam histórias um para o outro.
"Você acredita em mágica?" -perguntou Sarah um dia, enquanto desenhava um unicórnio no chão de terra.
"Sim" - disse S/n, sem hesitar- "Acho a magia é aquilo que acreditamos e amamos, tipo, eu amo você, então eu acredito em magia"
Sarah sorriu, satisfeita com a resposta- " Eu também te amo, S/n"
Os anos passaram, e a amizade entre Sarah e S/n só cresceu. Elas enfrentaram juntas as dificuldades da pré -adolescência, as mudanças na família de S/n e as novas responsabilidades que vinham com a idade. Mas sempre que a vida parecia complicada demais, elas voltavam ao riacho, à sua fortaleza secreta, onde o mundo ainda era simples e cheio de possibilidades.
Certo dia, já com dezessete anos, S/n encontrou Sarah na fortaleza com um semblante diferente. Havia algo mais intenso em seus olhos, um misto de determinação e vulnerabilidade.
"Sabe....."- começou a morena, com a voz ligeiramente trêmula. "Eu... preciso te contar uma coisa."
Sarah se virou para ela, curiosa e um pouco preocupada- "O que aconteceu?"
"Eu... te amo," - Ela disse, finalmente.
Sarah sorriu divertida - "Eu sei, eu também te amo, S/n! Somos amigas"
"Não, Sarah..... Você não entendeu!"- S/n melhorou sua postura acanhada e olhou nos olhos de Cameron - "Eu te amo muito! Sempre amei. Você é a única pessoa que está na minha mente desde aquele dia em que nos conhecemos. Você foi a primeira pessoa que não se importou de ficar, mesmo eu sendo uma bagunça completa. Você é a magia em mim"
Sarah ficou em silêncio, seu coração batendo acelerado. Ela não sabia como responder, ela já havia imaginado esses momentos milhares de vezes em sua mente, mas aquilo parecia melhor do que todos os seus cenários. Então, com um sorriso suave, ela respondeu: "S/n, você é a magia em mim! Eu te amo e você não tem noção do quanto eu esperei por esse momento"
As palavras de Sarah pairaram no ar, preenchendo o espaço entre elas com uma nova e intensa emoção. S/n sentiu um alívio e uma alegria imensa ao ouvir a resposta que tanto esperava.
"Sério? Você realmente sente o mesmo?" - S/n perguntou, a esperança misturada com a incerteza em sua voz.
Sarah assentiu, segurando a mão de S/n com firmeza- "Sim, sinto. Por qual motivo você acha que eu não gosto da Valerie? Ela é totalmente afim de você e eu não suporto isso!."
"Era por isso? Eu realmente achei que era porquê ela grudou chiclete no seu cabelo na quinta série"- S/n relembrou.
