Living Proof

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Boa noite!

Espero que vocês aproveitem esse capítulo tanto quanto eu (Qz) amei escrever!

Tem músicas! Coloca no repete até a próxima indicação ou final da cena.

Boa leitura!

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"Where did you come from, baby?
And were you sent to save me?"

Lauren olhava quase incrédula para Camila. Por instantes se perguntou como era possível que a latina lhe fizesse uma pergunta como aquela. Ela realmente tinha essa dúvida?

Não conseguia pensar em um cenário menos doloroso para Trevis Mikkelsen e seu único lamento, pela morte do crápula, era não poder matá-lo outra vez.

Mas, para longe de seus pensamentos, ainda estavam sobre si aqueles castanhos inquisitivos e, ao contrário de sempre, estavam livres de soberba e altivez.

A mais nova engoliu devagar se deleitando na nudez que aqueles olhos transmitiam. Nudez de alma, expondo todas as suas dores e questionando, de forma até um pouco medrosa, se podiam ser alvo de seus bons sentimentos.

Como Karla Camila poderia não entender que era até mais do que isso para si?

— Eu não acho que eu sou capaz de gostar de alguém assim... — respondeu, negando com a cabeça e assistiu o piscar rápido da dona da mansão. Cabello tentou se mover da posição em que estava, como se quisesse sair dali com a resposta, porém, Lauren segurou em sua mão a impedindo de continuar o movimento e finalizou sua fala. — Eu tenho certeza que eu posso amar alguém assim.

Camila engoliu quase em seco ao ouvi-la. Não era Lauren dizendo que a amava, entendia isso, embora seu coração tivesse praticamente parado por milésimos de segundos, mas era a convicção que sim, ela poderia.

— Você não tem medo dessa minha parte? Uma coisa é trabalhar para mim, outra é ter tudo isso... — moveu a mão livre entre elas indicando o algo que compartilhavam — comigo. Não é mais sobre apenas sexo, Lauren.

Sincera, Camila estava levando em conta todos os sentimentos assumidos e os que também estava disposta a assumir, pois não havia contado toda sua vida para a mais nova à toa.

— Da parte que matou o homem que tirou tudo de você? — A segurança negou com a cabeça e apertou a mandíbula se aproximando da mais velha sobre a cama. — Obrigada por me contar tão detalhadamente o que fez com ele. Minha revolta é apenas não poder matá-lo de novo com minhas próprias mãos.

Estava imersa em uma nova visão, a de conseguir enxergar Camila vulnerável e reagindo a todas as suas ações. Até aquela proximidade de centímetros, que a mais nova impôs entre elas, estava causando um rebuliço interno na latina e a morena foi completamente capaz de ver isso estampado em seu rosto e se sentir de igual forma.

— Eu não tenho medo de você, Karla. — sussurrou mais perto. — Eu sinto o completo oposto disso.

Desceu seus dedos até alcançar os da dona da mansão, os subiu juntos, os entrelaçando pelo ar, sem perder sequer um momento da oportunidade de olhar dentro das orbes avelãs que a encaravam cheias de expectativa.

— Eu acho que a vida me trouxe para a posição certa, pois tudo o que eu consigo desejar agora é te proteger. — A segurança deixava suas palavras saírem sem tentar filtrá-las. Se Camila se abriu tanto para si, achava completamente justo se abrir de volta, sem se envergonhar de absolutamente nada.

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