Capítulo 26

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Eu ainda era uma criança
Não tive a oportunidade de
Sentir o mundo ao meu redor
Não tive tempo para escolher o que escolhi fazer

Easy on me



Existia uma magia especial em poder provar estrelas e sabores adocicados.

Jude estivera longe das sobremesas que eram encontradas facilmente na área de frios do supermercado. Ela vislumbrava de longe os potes repletos de informações e cores que Eva mantinha distante dos alimentos sem vida da irmã gêmea. Por mais que quisesse ultrapassar os limites, não ousava ir tão longe.

Apesar disso, todas as regras estavam no passado.

Jude ainda precisava se preocupar com a própria saúde instável, mas podia perder horas sentada com o seu próprio pote de sorvete, pois agora ela tinha a chance de comer qualquer sobremesa existente no mundo, até mesmo aquelas que ela queria inventar ou pagar.

Ela fez uma grande descoberta através de Alina e seu paladar experiente para sobremesas caríssimas de restaurantes selecionados. Jude duvidava que Charles fosse tão sábio quanto sua amiga. As duas descobriram que gastavam dos mesmos sabores de sorvete, e preferiam come-lo do mesmo jeito.

Sorvete de baunilha com champanhe.

Jude evitou almoços depois da yoga para comer quatro taças da sua sobremesa favorita, sendo elogiada por Alina, pois aparentemente tinha mau gosto para homens, mas nunca para doces. Era um tanto encorajador.

Sorvete era vida.

Ela o tomava no aeroporto antes de embarcar, durante a viagem, e no desembarque. Jude ficava atenta para encontrar uma casquinha a venda ou um sundae. Os sabores podiam variar de acordo com a disponibilidade, porém se houvesse baunilha e champanhe, ela fazia a melhor escolha de todas.

Pierre um dia disse a ela que se fosse intolerante a lactose, estaria morta. O alto consumo não era adequado mesmo com um corpo propício a grandes quantidades de demandas de gordura. Torcia para que Alina estivesse certa ao dizer que a yoga funcionaria sendo uma boa amiga ao eliminar qualquer chance de um ataque cardíaco por conta do entupimento de veias.

As viagens serviram para que ela compreendesse a profundidade daquilo que Charles fazia, mas também que provasse todo tipo de sorvete. Era impressionante como os sabores mudavam a cada continente, assim como a textura era outro fator interessante que a deixava perplexa, pois jamais pensaria que era possível.

Sorvetes também podiam ser singulares.

Jude passou a pensar com sinceridade que talvez sua mente possuísse grande inteligência quando o assunto girava ao redor de sobremesa. Por um breve instante, teve um lapso mental inconstante que a fez pensar em uma possibilidade irreal que não fazia o menor sentido.

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