operação: conquistar a garota impopular | daerin

chore pelo leite derramado

— Haerin, eu juro que não tô entendendo. — Danielle falou baixo e Haerin sorriu de forma irônica.

— Não tá? — perguntou com deboche. — Como você é sonsa! Pensa que eu nunca ia descobrir que você se aproximou de mim só porque é a porra de uma mimada que não aguenta um dia sem sua popularidade? — ela jogou tudo de uma vez, gritando com raiva, e parou para respirar. — Você é ridícula! Eu nunca deveria ter confiado em uma vadia como você! Ainda por cima mentiu e fez coisas pelas minhas costas o tempo todo!

— Haerin... — Danielle falou baixo, tentando processar tudo que estava acontecendo. — Tá! Eu realmente estava preocupada com minha reputação, mas isso não significa que eu não tinha vontade de ficar com você! Eu gosto de você de verdade!

— Era pra amenizar a situação? — Haerin perguntou rindo sem humor. — Foda-se, o problema é seu. Eu não quero mais conversar com você. Me esquece. Talvez você nem tenha sentimentos.

— É sério! — Danielle falou desperada, segurando o pulso de Haerin. Ela já segurava o choro, antes não doía escutar isso, mas agora que estava apaixonada, era uma das piores coisas que sentiu. — Como você soube disso?

— A sua amiguinha Haneul me contou tudo. — ela falou com deboche. — Disse que estava me usando para voltarem a falar que você é consegue tudo. E ainda disse que vocês se beijam quando você não está comigo! — ela soltou o pulso e olhou para Danielle uma última vez antes de dar as costas. — Não me procure mais e finja que não existo.

Danielle suspirou fundo com as mãos trêmulas. Ela não sabia se chorava por saber que sua amiga de confiança havia mentido (em partes) ou se ficava com raiva. Estava tudo confuso. Ela olhou para as pessoas na rua que haviam parado para ouvir a discussão, e num movimento rápido, entrou no carro e foi para casa. No caminho, ela tentava não chorar, mas era impossível.

As pessoas costumavam pensar que Danielle não perdia nada e conseguia tudo, mas não era verdade. E perder Haerin doeu mais do que Danielle imaginava. Mas nada se comparava a saber que, acima de tudo, não poderia mais confiar numa das suas melhores amigas.

Num movimento rápido, Danielle deu ré e foi para a direção oposto. Iria para a casa de Haneul tirar satisfação.

Chegando lá, ela buzinou três vezes. Não foi atendida, mas sabia que Haneul estava em casa pois seu carro estava na garagem e ela não costumava dormir aquela hora. Sabia que estava sendo evitada, por motivos óbvios. Bufando, Danielle saiu do carro e tocou a campainha diversas vezes seguidas.

— Eu não vou embora enquanto você não vier! — Danielle gritou com raiva, batendo no portão com toda a sua força.

— Danielle? — quem abriu foi o pai de Haneul. — O quê está fazendo uma hora dessas aqui?

— Quero falar com a Haneul. — ela falou, tentando manter a calma. — É urgente.

— Claro, claro. — ele deu espaço para Danielle passar, de relance, ela observou que o short dele estava virado ao avesso e a camisa abotoada errada. Fez uma careta ao imaginar o que ele poderia estar fazendo. — Ela está no quarto.

Danielle subiu as escadas correndo e abriu a porta de Haneul com força, que a olhou confusa.

— Danielle? — ela falou com os olhos arregalados.

— Não se faça. — Danielle falou com raiva, fechando os punhos e batendo a porta com o corpo. — Por que contou para Haerin? E nem adianta negar. Ela disse que foi você.

— E eu menti em algum momento? — ela perguntou com deboche.

— Mentiu! Disse que nós nos beijamos! — Danielle gritou. — Além disso, isso é um assunto meu e dela.