Algumas surpresas?

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Leocádia e Theobaldo, ainda acordados após a noite intensa, decidem começar o dia com uma sensação de renovação. Eles conversam e se provocam carinhosamente, aproveitando a calmaria da manhã.

— Você sabe — diz Leocádia, com um sorriso travesso —, eu nunca pensei que acordar assim seria tão… interessante.

— Sempre há uma primeira vez para tudo — responde Theobaldo, puxando Leocádia para mais perto. — E falando em coisas novas, o que acha de irmos fazer compras?

— Não é uma má ideia — responde Leocádia, com um sorriso.

Depois de se prepararem, eles vão até a portaria para encontrar Severino e resolver algumas questões. No entanto, ao chegarem, notam que Severino não está lá.

— Onde será que o Severino foi? — pergunta Leocádia, olhando em volta.

— Não sei, mas isso pode ser um problema — responde Theobaldo, preocupado. — Vamos ficar atentos.

Enquanto caminham pela portaria, Leocádia observa que o ambiente está mais sombrio e silencioso do que o normal. Ela se depara com uma aranha negra com manchas vermelhas no chão, o que a faz parar imediatamente.

— Theobaldo, olha isso — diz Leocádia, com um tom de preocupação e irritação.

Theobaldo observa a aranha e tenta manter a calma. — O que há de errado?

— Esta aranha me lembra da picada que Marga me deu — explica Leocádia, com uma expressão de desconforto. — O veneno dela me causava efeitos estranhos.

Sem hesitar, Leocádia usa seu anel para fazer a aranha desaparecer. O inseto desaparece em uma nuvem de fumaça mágica.

— Pronto, agora já não precisamos mais nos preocupar com isso — diz Leocádia, tentando se acalmar, mas ainda irritada.

Theobaldo a abraça, buscando oferecer conforto. — Provavelmente era só uma aranha. O que você precisa fazer agora é enfrentar seus medos e traumas. Eu estou aqui para te apoiar.

Leocádia repara no abraço reconfortante, mas não consegue deixar de ser um pouco teimosa. — E quando você vai parar com essa história de ser tão protetor? Não estou aqui só para ser cuidada.

Theobaldo, com um sorriso carinhoso e ousado, responde: — Vou parar quando você se casar comigo.

Leocádia, surpresa com a resposta, ri, mas ainda mantendo um tom desafiador. — Ah, é? Por que eu faria isso?

— Porque eu quero passar o resto da minha vida com você — diz Theobaldo, com sinceridade. — E eu vou continuar a te apoiar, não importa o que aconteça.

Leocádia, um pouco irritada, mas tocada pela declaração, responde: — Acredito que sou muito nova para me casar. Agora, vamos continuar com nossas compras.

No caminho para as lojas, Leocádia tenta se concentrar nas compras, mas sua irritação com a ausência de Severino ainda a perturba. Ao retornar para a portaria após as compras, ela encontra Severino de volta.

— Severino, onde você esteve? — pergunta Leocádia, com uma ponta de raiva. — A portaria estava vazia e tivemos que lidar com uma aranha que me trouxe lembranças desagradáveis.

Severino, surpreso, tenta se justificar com um tom mais informal e respeitoso. — Aí, minha santinha, a portaria estava um pouco vazia porque eu fui ao banheiro. Prometo que não foi por falta de vontade!

Leocádia cruza os braços, sem deixar de mostrar seu descontentamento. — Da próxima vez que algo urgente acontecer, avise a gente antes, tá? Não quero ter que lidar com essas surpresas de novo.

Theocadia- Tentando Quebrar o Feitiço do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora