Capítulo 31.

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EMMA WALKER

Não sei onde estou.

É um cenário que nunca vivi antes. Há um campo iluminado com muito mato verde e flores de todo tipo de cor. Parecia não ter fim. O céu é um azul vibrante e tudo parecia tão... leve?

O ambiente não era apenas colorido, mas também cheio de alegria. O ar é perfumado, e há uma sensação de paz que me preenche em cada passo que dou.

Não há ninguém, exceto uma figura familiar que está sentado em um balanço à poucos metros de mim.

Franzi o cenho, receosa, mas me aproximei do mesmo jeito. Sinto como se não tivesse nada a perder. Nesse sonho, é como se não existisse medo. Poderia fazer qualquer coisa.

Quando consigo identificar o único indivíduo que me acompanha nesse lugar, meu queixo cai.

Era meu pai.

Ele estava bem ali, com a mesma expressão tranquila que sempre tivera, e parecia tão real. Por um momento me pergunto se estou delirando, e quando ele nota minha presença e dá aquele sorriso, preciso piscar algumas vezes.

— Olá, Emma. — estendeu a mão.

Eu hesitei.

Isso significa que morri?

— Eu... estou confusa. — minha voz tremeu. — Por quê você está aqui?

— Você está passando por um momento difícil. — disse ele, a voz cheia de compreensão. — Eu vim pra ajudar a encontrar seu caminho.

Olhei ao redor mais uma vez, observando o campo que antes parecia tranquilo e seguro, mas depois dessa confissão, comecei a sentir medo. Uma inquietação absurda tomou conta de mim.

Tem alguma coisa errada.

— O que aconteceu comigo?

Ele suspirou.

— Você sofreu um acidente, Emma. Está hospitalizada.

Meus olhos se arregalaram, e junto, vieram as lágrimas.

— Eu...

Não consegui terminar a frase, mas papai respondeu por mim:

— Não, você não morreu. Mas a situação é grave. — lamentou. — Preciso que continue lutando.

Tento colocar as peças no lugar e me relembrar de alguma coisa. Mas nada sai.

Isso só pode ser um sonho da minha cabeça, e seria uma ótima hora para despertar agora.

Mas eu não desperto. De jeito nenhum. Nem com reza forte.

Ai, meu Deus. É real.

Filha... — senti seu toque, e minha pele arrepiou.

Estou com a respiração acelerada. Cada pensamento que vem pela minha mente é um turbilhão de medo e preocupação. Eu me sinto paralisada, incapaz de me mover ou pensar com clareza.

A única coisa que tenho certeza é que meu pai está na minha frente. Em carne e osso. Logo eu que passei semanas sofrendo por sua morte, agora me encontro com ele.

E se... esse for o meu destino?

— Eu senti tanta sua falta. — finalmente consegui dizer, e não pensei duas vezes em abraçá-lo.

When Emma Falls in LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora