𝙊 𝙦𝙪𝙚 é 𝙞𝙨𝙨𝙤 𝙣𝙤𝙨 𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙤𝙡𝙝𝙤𝙨?

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Pov Wanda

Acordo atrasada na segunda-feira, nada muito fora do meu estado habitual em dias de trabalho. Eu tenho uma enorme capacidade para acordar cedo aos fins de semana e feriados, e para hibernar quando eu deveria levantar minha bunda da cama e ir para o trabalho. Tomo um banho rápido, visto a primeira coisa que encontro, apanho uma maçã da fruteira e sigo para porta.

- Você mandou alguém olhar seu carro? - pergunta Natasha de cabelos molhados e vestida de jaleco, entrando na cozinha.

- Mas que droga! - exclamo, jogando as mãos para o alto. Como eu tinha me esquecido que meu carro pifou?

- Toma. - oferece, jogando as chaves de seu carro no ar. - Vai com o meu.

- Você vai deixar a Wanda dirigir seu carro, Nat? - pergunta Clint, saindo do corredor. Meu irmão também ficava arrumadinho quando vestia seu jaleco, mas nem se compara a beleza de Natasha.

- Ela já o roubou uma vez e o devolveu depois, não faz mais diferença. - Bem lembrado. - E eu sempre posso pegar uma carona com você.

- Obrigada. - agradeço deixando um beijo na bochecha de Natasha, que corou no mesmo instante e corro para o elevador.

Chego quarenta minutos atrasada no meu primeiro dia, em parte porque o maldito GPS fez com que eu me perdesse. Eu não tenho dúvidas de que receberei uma ligação da minha chefe mais tarde me dando parabéns. Demoro mais vinte minutos para conseguir sair do carro. O cheiro dela estava por todos os lugares, principalmente no banco do motorista. Dou uma última cafungada para me trazer sorte e saio para o dia chuvoso. Claro que esqueci o guarda-chuva. Não preciso nem comentar que só descobri que estava chovendo quando saí com a Land Rover da garagem, não é?

Chego à recepção do prédio encharcada, pingando água da roupa e do cabelo. Eu não queria me ver num espelho tão cedo.

- Bom dia. - me cumprimentou a recepcionista.

- Bom dia. Hoje é meu primeiro dia aqui, poderia me ajudar?

- Claro, você pode me emprestar seus documentos? - Entreguei os documentos para a moça. Será que seu rosto não doía de sorrir tanto? - Só um minuto, vou fazer o cadastro enquanto anuncio sua chegada ao Dr. Rogers.

- Tudo bem. - respondo apenas. Eu não conhecia ninguém dessa filial, sempre trabalhei em parceria apenas com o escritório de Nova York, mas me lembro de Christine ter dito que o diretor de Los Angeles era gatinho.

- Você pode se virar mais para a direita? - pede a recepcionista. - Preciso tirar uma foto.

- Claro. - Travei o maxilar. Tomara que essa foto não seja a do crachá que eu vou ter que pendurar no peito, penso em desespero.

Assim que ela bateu a foto, um homem bem apessoado de terno saiu do elevador e veio na minha direção. Sorriu e me estendeu a mão.

- Então você é a famosa Dra. Maximoff? - pergunta, apertando minha mão.

- Então o senhor já ouviu falar de mim?

- Na verdade eu tinha ordens expressas para ir até sua casa buscá-la se demorasse mais dez minutos. - riu. - É raro a Dra. Agatha Harkness gostar tanto de um funcionário, por isso estava extremamente curioso para conhecê-la. - Ele não esperou por uma resposta, fez um gesto para que eu o seguisse e apertou o botão do elevador. - O que está achando da cidade?

- Maravilhosa, doutor, morei aqui durante minha infância e adolescência, mas confesso que não a tenho aproveitado muito desde que cheguei.

- Pode me chamar apenas de Steve.

𝙍𝙚𝙙 𝙃𝙖𝙞𝙧 - [𝘞𝘢𝘯𝘵𝘢𝘴𝘩𝘢]Onde histórias criam vida. Descubra agora